De volta à Série A, o Santos deu continuidade a uma sina que carrega desde 2019 - não vence na primeira rodada da competição. Reencontrando Fábio Carille, o Peixe perdeu para o Vasco do treinador por 2x1 de virada. Barreal abriu o placar para o Alvinegro da Vila, Nuno Moreira e Vegetti decretaram a vitória adversária.
Caixinha segue sem contar com Neymar, que carrega o mesmo problema que o tirou da semifinal do Paulistão. Além disso, Soteldo voltou da seleção venezuelana com desgaste no adutor da perna direita e foi poupado.
Barreal e Rollheiser foram os escolhidos para a titularidade e pela primeira vez estiveram nessa condição com a camisa do Santos.
Com a entrada do camisa 22, o "Little Box" deixou Schmidt fixo na cabeça de área e liberou Bontempo para armar o jogo pela direita, enquanto Barreal armava pela esquerda. A ideia era gerar superioridade numérica pelos lados do campo.
O início Santista foi muito promissor. Não só pelo gol de Barreal aos 20 minutos, após uma pressão na saída de bola, mas em outras duas oportunidades já havia pressionado alto com sucesso.
Com Bontempo aos quatro minutos e Barreal aos sete, o time de Caixinha levou perigo ao gol de Léo Jardim.
O primeiro tempo demonstrou que o técnico português, pelo menos na parte ofensiva, aproveitou bem os 21 dias livres para treinos - com intervalos de folgas.
A grande maioria dos lances perigosos do Peixe surgiram de viradas de jogo, após superioridade gerada no lado do campo citada acima. Pena que faltou capricho no último passe e/ou na finalização.
Eu deveria pegar todos os elogios que eu trouxe para o primeiro tempo e virar do avesso para tratar do segundo. Temos duas certezas na vida: a morte e que o Santos vai levar gol de bola aérea. Quando não basta um, vem logo dois.
Carille, que na série B pelo Peixe em 2024, não virou uma partida sequer, estreou na Série A pelo Vasco vencendo dessa forma.
O primeiro gol, aos 52 minutos, foi uma falha completa da defesa Santista - exceção a Brazão e Escobar. Chermont deixou Piton, especialista em cruzamentos, cruzar. Zé Ivaldo deixou Vegetti, o melhor cabeceador do Brasil, escorar. Gil, na pequena área, deixou Nuno Moreira sozinho para completar.
A virada adversária, aos 77, saiu de um erro completamente infantil da defesa do Peixe. Numa bola parada, metade dos defensores esboçaram uma linha de impedimento, enquanto a outra metade acompanhou a bola e deu condição para Vegetti virar o placar.
São 18 gols sofridos na temporada. 12 foram originados por bolas aéreas. Completamente inadimissível ter 66% dos seus gols sofridos serem de uma só maneira - e isso aconteceu com todas duplas de zaga que atuaram em 2025.
Não gosto de usar o "se" no futebol, mas o Peixe deixou de vencer muitas partidas e deixar uma impressão melhor ao seu torcedor por conta dessa dificuldade.
Todo mérito para Caixinha que ajeitou o time ofensivamente falando na intertemporada, mas demérito também para o português que não corrigiu um problema que a equipe carrega desde a estreia no estadual em janeiro. Espero que um dia esse pesadelo tenha fim.
As rodadas iniciais do brasileiro são árduas para o Peixe. Enfrenta o Bahia, em casa, no domingo (06), sai para pegar o Fluminense, volta contra o Atlético-MG em casa e encerra a sequência no clássico contra o São Paulo, no Morumbis.
Ainda mais com Neymar voltando, o time tem totais condições de fazer ótimos resultados, mas precisa para de cometer erros fatais como fez na estreia. Não vejo terra arrasada como muitos, mas é preocupante a conivência da comissão técnica quanto a erros repetitivos e da diretoria, que não esboça ir atrás das poucas contratações que o time precisa, mesmo que de forma pontual.
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Barreal marcou pela primeira vez com a camisa do Santos |
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