Fim. Acabou. Série B para nunca mais. E de uma maneira com a cara do Santos nessa competição - apática e com dificuldade contra os seus concorrentes. Dessa vez contra o Sport, que garantiu o seu acesso, o Peixe perdeu por 2x1 - que poderia ser mais, caso os pernambucanos não perdessem pênalti e um gol não fosse anulado. Lucas Lima (duas vezes) marcou para o time da casa, enquanto Wendel diminuiu para o Alvinegro.
Agora sem Carille, o técnico semi-finalista no Brasileiro de Aspirantes, Leandro Zago, promoveu cinco alterações no time titular - em razão do Santos ter anunciado 11 desfalques por lesão e Pedrinho por força contratual, sendo cinco titulares (Gil, Escobar, Schmidt, Giuliano e Guilherme). Luan Peres, Souza, Rincon, Sandry e Miguelito foram as novidades.
O técnico Pepa, de maneira inteligente, manteve o atacante Lobato no time e deixou Coutinho, artilheiro do time em 2024, no banco. O primeiro é jogador de velocidade, então seja com Barletta na esquerda, ou Lucas Lima na direita fez interessantes dobradinhas, fazendo com que o Luan Peres fosse acionado pelo menos três vezes em coberturas.
Com 20 minutos, eu contei que Lucas Lima já tinha produzido cinco jogadas e, do outro lado, Hayner estava sofrendo com o ex-Corinthians, Barletta.
As entradas dos meninos Souza e Miguelito fizeram com que o Peixe tivesse suas duas únicas oportunidades no primeiro tempo.
Primeiro, aos 29 minutos, o boliviano tomou a carteira de Dalbert e encontrou Wendel Silva na marca do pênalti para finalizar. O goleiro Caique França fez grande defesa.
Depois Souza, que fez um ótimo jogo e muito correto, aos 39, carregou por dentro e serviu Otero para finalizar de longa distância. Não chutou como em outrora e o Alvinegro de Vila Belmiro não tirou o zero do placar no primeiro tempo - diferente do seu adversário.
Já nos acréscimos, mais uma oportunidade pelo lado direito. Dessa vez, Sandry cometeu pênalti e Lucas Lima converteu a cobrança.
O interino Leandro Zago voltou do intervalo com duas alterações: Chermont no Hayner e Laquintana no Miguelito. O lateral-direito não mudou muito o jogo, mas o uruguaio sim - para pior. Miguel conseguiu uma das poucas oportunidades do Peixe no jogo, enquanto o uruguaio teve mais minutos esse ano do que o boliviano no profissional.
Com 17 minutos, aquele Lobato citado anteriormente caiu pelo lado esquerdo de ataque, levou à linha de fundo e encontrou Lucas Lima para que ele fizesse em um jogo, a mesma quantidade de gols que fez pelo Santos ano passado.
13 minutos depois Wendel recebeu passe de Basso, depois de falta cobrado pelo Otero.
Não quero culpar o treinador, que era interino e só fez um jogo, por algumas tomadas de decisão. Talvez nem ele soubesse que o time teria tantos desfalques. Claro que não podemos esquecer que o Laquintana, que não deve ficar no clube, entrou no intervalo e que o Hayner foi titular.
Infelizmente, como diria Silvio Santos, para o Peixe dessa série B não se leva nada - só não sei se vamos sorrir ou cantar.
Pior campeão de todos os tempos em pontuação, o Santos não aproveitou a série B para maturar jovens - revelou apenas Souza e Chermont, que para mim iniciam 2025 como titulares.
A partir de agora, Gallo, que fica no clube, terá exatamente 30 dias para mandar embora mais de 50% dos 62 jogadores que tem contrato para o ano que vem, contratar treinador e ainda montar o elenco para disputar as três competições.
Se tivesse optado por aproveitar de fato uma competição sofrível tecnicamente, já teria pelo menos 30% do time montado para o ano que vem. Mas infelizmente optaram pela alta média de idade e o pouco aproveitamento dos jovens.
Não foi o melhor ataque, não foi melhor defesa, não foi melhor mandante (6°) e repito: pouco aproveitou quem pode jogar ano que vem. Para que serviu a série B, então? Nada? Fica a pergunta.
Apesar de ter poucas oportunidades, Souza foi uma grata surpresa de 2024 |
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