O SIMPLES, PORÉM BEM FEITO, ENCAMINHA O ACESSO

Publicado às 22:21 desta segunda-feira, 28 de outubro de 2024
(*) Pedro La Rocca

Com 62 pontos, sendo oito de diferença para o quinto colocado (Ceará), só uma tragédia tira a volta do Santos para o seu lugar de direito, que tiraram no último ano - a Série A. Com a vitória por 2x0 sobre o Ituano, em Itu, restam apenas quatro jogos para que isso se confirme. Serginho e Guilherme marcaram os gols.

Apesar da volta de Chermont à lista de relacionados, Carille optou por manter Hayner na ala-direita titular. 

Por outro lado, o treinador fez duas mudanças em relação ao time que venceu o Ceará em casa na última rodada. Jair sentiu um desconforto muscular e, assim como Luan Peres com um problema na lombar, ficou em Santos. Basso, após quase dois meses, voltou a ser titular.

A outra alteração foi a volta de Giuliano, recuperado da sua quarta lesão muscular na panturrilha em 2024. Willian foi preterido, fazendo com que Serginho tivesse nova oportunidade entre os 11 iniciais, dessa vez pelo lado direito do gramado.

Contra o Ceará, Willian teve apenas quatro participações no jogo, enquanto Serginho contra o Ituano, participou 22 vezes da partida. Não digo que Serginho é o novo Pita, Giovanni, nem mesmo Ricardinho ou Zé Roberto mas ele auxilia o meio-campo sendo uma nova opção de armação das jogadas, dessa vez pelo lado do campo - como jogava na sua passagem pelo Maringá.

Conhecendo o time de Carille, os rubro-negros do interior se propuseram a deixar Gil e Basso com a bola trazendo muita superioridade sem a bola por dentro para si. Para variar abusou-se da bola longa.

Entretanto foi assim que o Peixe abriu o placar. Diógenes, estreando como profissional, lançou Guilherme que cascou para Wendel, recebeu de volta e serviu Serginho no facão para que o placar fosse aberto.

O Peixe, que chegou a ter posse de bola acima de 60%, terminou a etapa inicial em 49% no quesito, provando em números que, mais uma vez, a equipe ao abrir o placar entrega a posse ao adversário.

Se falando de um adversário como o Ituano, prevalece a qualidade técnica Alvinegra, o que é natural pela diferença de pouco mais de 10x de uma folha salarial para outra, por exemplo.

Certa vez ouvi de um profissional, que ter a posse da bola e fazer manutenção da posse são duas maneiras distintas de trabalhar a redonda. Manutenção é quando apenas se controla o resultado, sem se preocupar em fazer da sua posse, algo positivo.

Foi isso que o Peixe se propôs a fazer nos últimos 45 minutos. Finalizou 50% a menos, porém ainda assim conseguiu ampliar o placar.

Num erro da saída de bola de Claudinho, Serginho interceptou e Wendel seviu Guilherme, para que o camisa 11 tocasse no contra-pé de Jefferson Paulino para encerrar a partida.

Encerrar a partida aos cinco da segunda etapa? Sim, porque depois não teve mais jogo. Se não com Gil, acertando a trave aos 30 minutos, nenhum dos dois goleiros sujou o uniforme.

Prevaleceu a qualidade técnica. Enquanto tivemos 12 finalizações para cada lado, o Peixe teve cinco certas - enquanto o Ituano acertou o gol de Diógenes (sem perigo) apenas em duas oportunidades.

As poucas oportunidades criadas do time de Itu são ilustradas com o alto número de desarmes do time Santista, 20. O time de Itu teve 12 desarmes.

Se por dentro, o Alvinegro sofreu para construir, por fora com Guilherme foi show. O ex-Botafogo Marcinho não tinha auxilio na marcação e vai sonhar com o camisa 11, que terminou o jogo com seis finalizações - duas no gol.

Com quatro jogos, 12 pontos restantes e oito de diferença para o quinto colocado, Ceará, o Peixe praticamente sacramentou a sua volta para a série A.

Que nessa reta final, apesar de achar difícil, possa se dar oportunidade aos jovens para que no retorno à elite, evite-se Laquintanas, Jorges, Cazares, Hayners etc. A instituição precisa se prevalecer às preferências dos técnicos, seja ele Carille, Sampaoli, Cuca, Hellmann, Turra, Bustos etc.

FICHA TÉCNICA
ITUANO 0 X 2 SANTOS

Local: estádio Novelli Júnior, em Itu (SP)
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira (MASTER/SP)
Cartões amarelos: Thonny Anderson José Aldo, Claudinho (Ituano); Serginho (Santos)

GOLS: Serginho, aos 17 do 1ºT, Guilherme, aos 6 do 2ºT (Santos)

ITUANO: Jefferson Paulino; Marcinho, Claudinho, Gui Mariano e Gui Lazaroni; Xavier (Miqueias), Vinícius Prado e Yann Rolim (Neto Berola); Bruno Xavier (Leozinho), Vinícius Paiva (João Carlos) e Thonny Anderson.
Técnico: Chico Elias

SANTOS: Diógenes; Hayner (Chermont), João Basso, Gil e Escobar; João Schmidt (Sandry), Diego Pituca, Giuliano (Otero) e Serginho (Willian Bigode), Guilherme e Wendel Silva (Furch).
Técnico: Fábio Carille
Pelo terceiro jogo seguido, Serginho foi bem

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS

Diógenes - Estreou como profissional aos 23 anos. Apesar de mostrar dificuldade na base, foi muito bem com os pés e não comprometeu embaixo das traves. - 6,5

Hayner - Começou o jogo com um cruzamento e um passe que são condizentes com seu futebol. Depois disso, quase não apareceu na frente. Apesar disso, foi líder de desarmes do jogo, com quatro. - 5,0

Basso - O início não foi bom para o zagueiro que não era titular desde 30/08. Aos seis minutos, Thonny Anderson ficou mano a mano com o camisa 15 e mesmo assim finalizou com perigo. De resto, não comprometeu. - 6,0

Gil - Gostei do camisa quatro desarmando. Me parece que jogou grande parte do jogo com dores e mesmo assim fez grande partida. Teve três interceptações. Ainda acertou a trave no final do jogo. - 6,5

Escobar - Com o time forçando o ataque pelo lado esquerdo, fazia muitas ultrapassagens sem bola, mas pouco recebia. Foi o jogador que mais acionou Guilherme (16), o mais acionado do jogo. - 5,5

Schmidt - Defensivamente foi bem, com três desarmes certos e dois que saíram de jogo. Porém tudo isso depois da infiltração de Thonny Anderson. Menos participativo com bola, até pela marcação do adversário estar muito baixa. - 5,5

Pituca
- Atleta com mais passes pelo lado do Peixe, foram 45 certos com cinco errados. Seu mapa de ações mostra que não jogou pisando na área, entretanto, deu três assistências para finalização. - 6,0

Giuliano - O mais apagado do meio-campo. Não finalizou. Vou dar um desconto, porque estava voltando de uma lesão em que sofreu durante a temporada. - 5,0

Serginho - Fez mais uma grande partida. Além do gol, fez com que o coletivo tivesse uma cadência e qualidade maior no passe, o que não acontecia com Bigode. - 7,0

Wendel - Não participou como nove de fato, mas foi importante na construção do primeiro gol, dando a "pré-assistência" e naturalmente pela movimentação abrindo espaço para Serginho. Muito voluntarioso. Cheguei a vê-lo a recompor como volante quando Pituca ficou para trás. - 6,5

Guilherme - Ressurgiu o "amado". Uma assistência e um gol. Deu seis finalizações. Foi o mais exigido e o que mais respondeu também. - 7,0

Otero - O famoso nem fra, nem fru, como diz o dono deste espaço. - 5,0

Willian - Repito a análise de Otero. - 5,0

Chermont - SEM NOTA

Furch - SEM NOTA

Sandry - SEM NOTA
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo, repórter na Energia 97FM e no Esporte por Esporte.

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