Em terras centrais do Brasil, quem não dominou o centro de campo foi o Santos que perdeu o meio e assim saiu derrotado da Serrinha, em Goiás, por 3x1 para a equipe local. O Peixe diminuiu com Giuliano, enquanto o alviverde marcou duas vezes com Rildo, terceira opção para a função, e uma vez com Wellinton.
Pela primeira vez em 2024, Carille repetiu a equipe pela terceira vez consecutiva. Não houve mudanças nos jogos contra Novorizontino, Operário e agora Goiás - com exceção do banco que teve a saída do selecionável Rincón para o retorno de Alison.
Com 14 minutos o jogo já estava praticamente definido. Um Goiás que iniciou propondo jogo, o que me surpreendeu pela característica de seu treinador Vagner Mancini - que costuma dar a bola ao adversário quando há inferioridade técnica.
Em duas infelicidades de Brazão, Rildo marcou duas vezes (aos nove e aos 14 minutos). Na primeira bola, o goleiro Santista espalmou para frente e na sequência foi traído pelo quique no famoso "morrinho artilheiro".
A partir daí sim, a equipe mandante deu a bola para o Santos que pouco soube aproveitar o domínio dela - inclusive dando as melhores chances aos goianos.
Apesar de Giuliano se posicionar como meia no primeiro tempo, a disposição e a versatilidade do trio central de Vagner Mancini estava levando a melhor nos duelos - tanto que os dois gols se originam nas costas de Schmidt e Pituca.
Aos 40 minutos o Santos esboça uma possível reação. Sander mete o braço na bola e Giuliano converte pênalti. Dá para afirmar que a reta final do primeiro tempo após o gol, foi o melhor e único grande momento do Peixe no jogo.
Porque ao chegar a etapa final o que se viu foi uma dificuldade grande de se chegar na área adversária.
No geral, o Goiás precisava de 11,3 passes para finalizar, enquanto o time da Vila 33,7 - que só não se tornou um número maior pelo abafa que fez nos últimos 10 minutos.
A real é o seguinte. Se quiser ter um meio-campo completo de +30 anos, vai ter que adicionar mais um atleta ali e tirar um dos pontas, porque Giuliano fica sobrecarregado de armar e puxar contra-ataque - não tem mais explosão para isso.
Prova dessa situação foi o terceiro gol - novamente nas costas dos volantes. Wellinton foi mais um jogador a aproveitar o morrinho artilheiro, trazendo assim a terceira falha de Brazão no jogo.
Evidente que o goleiro Santista falhou em três oportunidades, mas além do placar, os goianos reinaram também no meio-campo. Os dois volantes avançados do alviverde deram cinco assistências para finalização no total, enquanto Giuliano e Pituca apenas três.
Quanto a desarmes, foram quatro do meio goiano contra um do meio Santista.
Todos esses números mostram o quanto o time da casa foi superior na parte mais importante do time - o meio-campo. Carille precisa oportunizar volantes e/ou meias da base que sejam ou coordenadores, ou de movimentação - do estilo Pituca.
Pelas condições físicas, Giuliano de fato tem que jogar mais próximo do atacante, mas aí precisa-se colocar mais um coordenador, se não o time fica pobre de ideias e acéfalo no meio-campo, como aconteceu na noite da última segunda-feira (07).
Agora é juntar os cacos, porque no sábado (12) o Peixe recebe o Mirassol num confronto de seis pontos na Vila mais famosa do mundo. Vencendo, o time Santista abre seis pontos da equipe do interior e pode voltar a liderança dependendo do resultado do Novorizontino.
FICHA TÉCNICAGOIÁS 3 X 1 SANTOS
Schmidt está fora do próximo jogo, suspenso pelo terceiro cartão amarelo |
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