BALDE DE ÁGUA FRIA

Publicado às 00:11 desta quinta-feira, 17 de outubro de 2024

(*) Pedro La Rocca

Quanto mais chega perto o fim, mais inacabável parece a série B. Quando parece que vai engrenar, a o pneu do Santos murcha e agora precisa encher novamente, porque restam seis jogos (finais). Contra a Chapecoense, o Peixe encarou o segundo tempo como amistoso e foi engolido pelos mandantes. 3x2, de virada, foi placar para a equipe alviverde.

Guilherme e Otero marcaram pelo lado Alvinegro, enquanto os mandantes conquistaram os três pontos com Mário Sérgio, Marcelinho e Carvalheira.

Carille precisou realizar três mudanças no time titular em relação à vitória sobre o Mirassol. Gil, Escobar e Pituca estavam suspensos. Respectivamente Jair, Souza e Schmidt ganharam oportunidade. O camisa cinco voltou de suspensão na derrota para a Chape.

No primeiro tempo, o Santos deu a bola para os mandantes e buscava sair no contra-ataque. 

Esse tipo de jogada dificilmente saía por dois motivos: a dificuldade do time em sair jogando por dentro com velocidade e Guilherme, que ainda não estava bem no jogo.

Aos 34 minutos saiu o primeiro lance de perigo - e foi da Chape. Souza evitou em cima da linha, um gol contra de Luan Peres. Guardem o nome do lateral-esquerdo, que foi o melhor jogador em campo.

Isso porque nove minutos depois o menino recupera uma bola cruzada por Chermont e dá uma assistência de bandeja para Guilherme voltar a marcar após 11 jogos de seca. 

Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, cerca de três minutos depois os mandantes empataram com Mário Sérgio. Marlone (aquele) era o homem das bolas paradas, mas na oportunidade Carvalheira cobrou o escanteio na cabeça do centroavante.

Aos 13 minutos do segundo tempo, Souza acertou mais um cruzamento dessa vez na cabeça de Bigode. O experiente atacante perdeu a grande oportunidade Santista após a abertura do placar - e fez muita falta.

Aos 22 minutos, uma falta despretensiosa trouxe a virada. A falta de Marlone passou por todo mundo e o quique da bola traiu Brazão, que errou a técnica de espalmar para longe, acertou a trave e Marcelinho só teve o trabalho de empurrar para a rede.

Uma coisa leva a outra. Talvez se o SFC fosse para o vestiário com a vantagem no placar, o psicológico fosse outro e a vitória podendo ser mantida até o final. 

Aos 33, Giuliano perdeu a bola no meio-campo, Carvalheira puxou o contra-ataque e recebeu de volta para ampliar para os mandantes. Ali a vaca deitou. 

Para vermos como são as coisas. Giuliano falou tanto de intensidade no último final de semana e contra a Chapecoense quem perde a bola, por falta de intensidade, é justamente o camisa 20.

Otero ainda deu uma pequena esperança aos Santistas, porque aos 40 minutos, jogando por dentro como peço há tempos, conseguiu diminuir a conta.

Maior do que qualquer placar, que poderia ser mais elástico, incomodou demais a postura do time de Carille em campo e, abaixo, trago alguns pontos.

1 - Saída de bola: A Chapecoense marcava no 4-4-2 e Schmidt e Sandry jogavam lado a lado e, dessa forma, eram nulos nessa situação de jogo. Os laterais estavam espetados na segunda linha e assim como os meio-campistas ficavam escondidos para sair jogando. Resultado: Jair e Luan Peres erraram oito passes e perderam a bola em cinco oportunidades.

2 - Falta de confiança: no segundo gol, esse quesito fica muito claro. O erro técnico do Brazão é de quem está sem confiança. 

3 - Armação: É uma consequência da saída de bola. O MEIA Giuliano não deu nenhuma assistência para finalização e os centroavantes Wendel e Furch não finalizaram nenhuma vez.

Carille deve ter o retorno de Gil para zaga e Pituca para o meio para a partida de terça-feira (22), contra o Ceará, um confronto direto que a Vila Belmiro receberá. Por outro lado, Souza fez por merecer ficar como titular, espero que continue.

Agora são seis finais. Ceará, Vila Nova e CRB em casa, Ituano, Coritiba e Ituano longe de Vila Belmiro.

FICHA TÉCNICA
CHAPECOENSE 3 X 2 SANTOS

Local: Arena Condá (SC)
Árbitro: Savio Pereira Sampaio
Cartões amarelos: Marcelinho (Chapecoense)

GOLS: Mário Sérgio, aos 47 do 1ºT, Marcelinho, aos 22 do 2ºT, e Carvalheira, aos 33 do 2ºT (Chapecoense); Guilherme, aos 43 do 1ºT, e Otero, aos 40 do 2ºT (Santos)

CHAPECOENSE: Léo Vieira; Marcelinho, Bruno Leonardo, João Paulo e Walter Clar; Marcinho (Giovanni Augusto), Tárik (Auremir) e Marlone; Rafael Carvalheira, Italo e Mário Sérgio (Jenison).
Técnico: Gilmar Dal Pozzo.

SANTOS: Gabriel Brazão; JP Chermont (Hayner), Jair, Luan Peres e Souza; João Schmidt, Sandry (Serginho) e Giuliano (Laquintana); Willian (Otero), Guilherme e Wendel Silva (Julio Furch).
Técnico: Fábio Carille
Souza foi a única notícia boa do jogo

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS

Brazão - Nitidamente sem confiança. Agora voltou a falhar por uma questão técnica. É bom goleiro, mas não vem bem. - 4,5

Chermont - Foi mais exigido na marcação do que na parte ofensiva. Teve uma hora que ficou nitidamente incomodado com a falta de movimentação dos companheiros e estourou. 18 anos. Sintomático. - 6,0

Jair - Não conseguiu repetir as boas atuações de outros momentos. O Menino da Vila, que tem um baita futuro, não soube "zagueirar". Teve cinco perdas de posse de bola. É refém da falta de jogo coletivo. - 4,5

Luan Peres - Ainda sem ritmo de jogo, oscilou durante a partida.  O camisa 14 será titular absoluto na Série A, assim como Jair, mas precisa se recuperar fisicamente. - 4,5

Souza - O melhor em campo. Jogador que mais teve a bola. Deu assistência para o gol de Guilherme, depois deu um passe de presente para Bigode perder o gol. Além disso, foi o jogador com mais desarmes no Santos. (três). Não pode, pelo menos no próximo jogo, voltar para o banco. - 7,5

Schmidt - Não se entendeu com Sandry. Não saiu do zero em nenhum número defensivo. Teve sete erros de passe em 63 tentativas, não é do seu feitio. - 4,0

Sandry - Começou bem o jogo, iniciando a jogada do primeiro gol, mas a sequência não foi nada legal. Como segundo volante, precisa chegar mais à frente. - 4,5

Giuliano - Como disse a cima, a vida responde. Falou de intensidade no final de semana e não foi intenso, não armou jogadas para o ataque e ainda perdeu a bola que resultou no terceiro gol. - 4,0

Bigode - Diferente do jogo contra o Mirassol, não tinha um lateral invertido para marcar. Entre os titulares, foi o que menos tocou na bola. - 4,0

Wendel - Também pouco participativo. Não deu nenhuma finalização. - 5,0

Guilherme - Voltou a marcar após 11 jogos. Cresceu durante o primeiro tempo, depois virou secretário de lateral. - 6,5

Furch - Assim como Wendel, sequer finalizou. Está com grande dificuldade de mobilidade. - 5,0

Otero - Entrou muito bem e por dentro. Nesse posicionamento, deu três finalizações com um gol marcado. - 6,5

Serginho - É o mais próximo de um coordenador de jogadas que o SFC tem. Deu a assistência para o gol de Otero. - 6,0

Laquintana - Perdeu gol feito que resultaria no empate, no último lance do jogo. - 4,0

Hayner - SEM NOTA
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo, repórter na Energia 97FM e no Esporte por Esporte.

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