FAZENDO O MÍNIMO PARA SUBIR

Publicado às 20:40 deste sábado, 07 de setembro de 2024


(*) Pedro La Rocca

Depois de quatro jogos sem vencer, o Santos foi à Joinville e reencontrou os três pontos. Foi por um placar mínimo de 1x0, mas momentaneamente o Alvinegro está de volta à liderança do campeonato, apesar de mais uma vez o desempenho ter sido abaixo. Wendel marcou seu primeiro gol no Peixe.

Carille contou com os retornos de Jair e Escobar, fora do último jogo por negociação e suspensão respectivamente. Basso e Souza foram os preteridos pelo comandante técnico.

Além deles, Laquintana teve promovida a sua estreia na vaga de Patati, que foi vendido ao futebol do Israel. 

Espelhando o que foi toda a sequência, o jogo já começou com muita briga e pouca técnica. O gramado ajudava nisso, visto que estava ridículo, mas ambas equipes são coletivamente incapazes na parte técnica, do lado adversário, e organizacional ofensivamente falando, do lado Santista.

O Peixe abriu o placar aos nove minutos após um erro de saída do Brusque, uma bola que sobra para Wendel "sapatar" a rede adversária.

Após um duelo truncado, que teve apenas um chute na trave de Wendel após contra-ataque puxado por Laquintana, os últimos cinco minutos da etapa inicial foram totalmente dos mandantes, que fizeram com que Brazão operasse dois milagres. 

Contra na minha visão, o pior futebol do campeonato, nos últimos 45 minutos o Peixe só acertou o gol adversário em uma oportunidade apenas. 

Ao contrário de tempos sombrios como nos anos 80 parte de 90, hoje o Santos tira completamente a vontade do seu torcedor de assistir às partidas, que tem cada vez menos aderindo os eventos do clube, tanto no estádio, quanto em transmissões.

Como dito acima, o gramado estava muito ruim sendo generoso, mas 80% de aproveitamento no passe para quem quer estar no G4 é preocupante. Isso se dá pela falta de aproximação nas pontas e da desconexão do meio para com o ataque.

Fica chato para nós também, ter que trazer toda vez que o time só lateraliza jogo, que falta criação por dentro e que não ter contratado um meia foi um imperdoável erro.

Não é possível que ninguém dentro do departamento de futebol do clube perceba que a bola só chega no corredor central a partir de cruzamentos e lançamentos. O centroavante é órfão de pai e mãe, pois só recebe bola no pivô ou para cabeceio.

Fazer o mínimo contra o Brusque passa, mas contra Novorizontino, Mirassol, Sport, etc, o buraco é mais embaixo. Nesses casos o futebol não tolera desaforo e o conformismo com o 1x0 dentro do Santos, pode custar (muito) caro ao final da temporada.

FICHA TÉCNICA
BRUSQUE 0 X 1 SANTOS

Local: Arena Joinville, em Joinville (SC)
Árbitro: Rafael Rodrigo Klein-RS
Cartões amarelos: Luiz Henrique, Moccelin, Ocampo (Brusque); Hayner (Santos)

GOL: Wendel, aos 10 do 1ºT (Santos)

BRUSQUE: Matheus Nogueira; Pivô, Éverton Alemão, Wallace e Luiz Henrique (Jhan Torres); Serrato, Lorran (Jhemerson) e Augustín González; Guilherme Queiroz (Robinho), Matías Ocampo (Cauari) e Paulinho Moccelin.
Técnico: Luizinho Vieira

SANTOS: Gabriel Brazão; Hayner (Rodrigo Ferreira), Jair, Gil e Escobar; João Schmidt, Diego Pituca e Giuliano (Patrick); Laquintana (Otero), Wendel (Furch) e Guilherme (Willian Bigode).
Técnico: Fábio Carille
Wendel fez seu primeiro gol com a camisa do Peixe


NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS

Brazão - Fez dois milagres ao final da primeira etapa que evitaram até uma trágica derrota. - 6,5

Hayner - Não foi muito exigido na marcação. Dentro de suas limitações que já conhecemos, não comprometeu no ataque, mas também não ajudou. - 5,0

Gil - O de sempre - seguro. Pouco exigido. - 6,0

Jair - Começou errando os três primeiros lances, voltou ao normal e terminou também muito mal. Espero que coloque a cabeça no lugar após quase defender o Porto-POR, porque talento não lhe falta. - 4,5

Escobar - Assim como Gil, fez o de sempre. Muito voluntarioso, mas Guilherme sente falta de um lateral com ultrapassagem. - 5,5

Schmidt - Não canso de defender que pode baixar um pouco mais para fazer saída com três. Entendo que fica muito coberto pela marcação e, quando perde a bola, não tem recuperação. - 5,5

Pituca - O capitão ficou mais lado a lado com Schmidt, por isso finalizou bem menos que o normal (um chute para fora). - 5,5

Giuliano - Até na parte técnica, sua especialidade, foi mal no primeiro tempo. A real é que o esquema não faz dele um 10, dentro de um meio-campo que só participa na conclusão. - 4,0

Laquintana - Diferente de outros, é mais voluntarioso e é terminador de jogadas, tendo pouco repertório de drible. Razoável na estreia. Deu o passe para Wendel acertar a trave. - 5,0

Wendel - Muito brigador, apesar das dificuldades técnicas. Entendo que se receber bola de frente, pode crescer com a camisa Alvinegra, mas não vem sendo o caso. Quando aconteceu, fez gol e acertou a trave. - 7,0

Guilherme - Já há alguns jogos não vem bem. Assim como Laquintana, é terminador de jogadas. Muitas vezes recebe a bola órfão na ponta e tem dificuldade no drible curto. - 4,5

Otero - Se limitou a ajudar a defesa. - 5,0

Rodrigo Ferreira - Teve duas chances na grande área, uma não subiu e a outra demorou para chutar. Suas únicas participações foram essas. - 5,0

Patrick - Entrou de meia e depois virou assistente de lateral pela esquerda. - 5,5

Furch - SEM NOTA

Bigode - SEM NOTA
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo, repórter na Energia 97FM e no Esporte por Esporte.

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