CONTAGEM REGRESSIVA

Publicado às 22:14 deste sábado, 28 de setembro de 2024
(*) Pedro La Rocca

De volta à liderança de maneira momentânea, o Santos venceu no segundo jogo seguido na Vila. O Operário, que representou o fim da sequência ruim no primeiro turno, foi a vítima da vez. O placar foi 1x0 no "Padrão Carille" com gol marcado pelo Giuliano. Agora ele está a um gol de igualar Guilherme na artilharia do ano.

Carille voltou a repetir o time em dois jogos seguidos após 10 rodadas. A última vez que isso aconteceu foram nas rodadas 18 e 19 contra CRB e Sport respectivamente.

O SFC abriu o placar com 21 minutos. O curioso da jogada, é que Wendel desceu para armar a jogada e servir Guilherme na ponta-esquerda. O camisa 11, que vive um jejum é verdade, encontrou Giuliano livre embaixo da trave.

Apesar de ter Giuliano em grande parte do jogo lado a lado com Wendel, o camisa 19 fez mais o papel de meia do que o camisa 20, como mostram os mapas de calor abaixo:

Mapa de calor Giuliano

Mapa de calor Wendel


O time de Carille preferiu competir a jogar com a bola no primeiro tempo. Foram 206 passes - 38 a menos em relação ao Operário - e 15 desarmes. 

Hoje tivemos 45 recuperações de bola. O João Schmidt e o Pituca roubaram muito. A Série B é diferente, não é um jogo tão vistoso, é um jogo de força e contato. Pegamos muitos times com essa característica, você ganha, perde e acaba tendo essa visão, disse Leandro "Cuquinha".

As grandes criações vieram a partir de dois lançamentos do Schmidt. Primeiro com Wendel e o centroavante perdeu o domínio da bola. Depois foi com Guilherme, o atacante finalizou longe.

Com Wendel (depois Furch) e Pituca como atacantes e meia, respectivamente, o posicionamento em campo não mudou, o que não faz parte do arsenal do camisa 21 e, com isso, o Santos finalizou apenas três vezes nos 12 minutos que o argentino esteve em campo.

Sintomático, a saída de bola do Santos só piora com o tempo. Os laterais não recebem aproximação e terminaram o jogo como os que mais erraram passes dentre os atletas do Peixe.

O time é competitivo, mas pode ser mais vistoso. Que suba o mais rápido possível para acabar esse marasmo da série B.

Mais curioso do que o gol Alvinegro foi a reação da torcida no pós-jogo - os xingamentos ao treinador não diminuiram, apesar da vitória. Carille não deu entrevista coletiva, mas se pronunciou afirmando que a decisão foi para valorizar os outros profissionais que com ele trabalham.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 1 X 0 OPERÁRIO-PR


Data: 28 de setembro de 2024, sábado
Árbitro: Jonathan Benkenstein Pinheiro (RS)
Cartões amarelos: Vinícius Diniz (Operário)
Público total: 9.938 pessoas
Renda: R$ 455.995,00

GolsGiuliano, aos 21 do 1ºT (Santos)

SANTOS: Gabriel Brazão; JP Chermont, Jair, Gil e Escobar; João Schmidt, Diego Pituca e Giuliano (Rincón); Otero (Laquintana), Guilherme (Pedrinho) e Wendel Silva (Julio Furch)
Técnico: Fábio Carille

Operário-PRGabriel Mesquita; Thales Oleques, Allan Godói (Marco Antônio), Willian Machado e Gabriel Feliciano; Índio (Rodrigo Lindoso), Vinícius Diniz (Jacy) e Boschilia (Felipe Augusto); Rodrigo Rodrigues, Ronald e Ronaldo (Nathan Fogaça)
Técnico: Rafael Guanaes
Carille não quis dar entrevista coletiva

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS

Brazão - De 21 lançamentos errou 16. A taxa de erro foi alta, porque a maioria foi chutão para o alto. - 5,5

Chermont - Sofreu na marcação no primeiro tempo, mas depois acertou. No ataque, gostei do seu posicionamento, teve duas assistências para finalização e um chute. - 5,5

Jair - Primeiro tempo razoável e um segundo bom, onde teve dois desarmes em contra-ataques. Apenas um erro de passe no jogo. - 6,0

Gil - Em pelo menos três oportunidades saiu da posição para fazer a caça. - 6,0

Escobar - Teve cinco erros de passe. É o de sempre - muito voluntarioso, mas falta a técnica. Errou os quatro cruzamentos que tentou, apesar de ter aparecido pouco no ataque. - 5,0

Schmidt - Agora muito bem. Esteve próximo do jogador que foi no Paulistão. Teve três assistências para finalização (líder do jogo no quesito). Deu três lançamentos alá "Gerson 70". - 6,5

Pituca - Começou mal, com muitos erros de passe, mas depois se encontrou no jogo. Saiu de um posicionamento perto do Schmidt e ficou mais próximo à área - aí sim cresceu. - 5,5

Giuliano - Autor do gol, ficou lado a lado com Wendel. Foi um dos mais acionados do time. - 6,5

Otero - Quando esteve no corredor central, finalizou com perigo de longe aos 19 do segundo tempo. Por fora lhe falta força para realizar os dribles. - 5,5

Wendel - O melhor em campo. Foi centroavante e meia. Finalizou de dentro e fora da área. Ele que começa a jogada para o único gol do jogo. - 7,0

Guilherme - Apesar do jejum de nove jogos sem marcar, foi participativo inclusive com a assistência. Além disso, deu quatro finalizações - uma no gol. - 6,0

Rincón - Teve um desarme e sete passes sem erro algum. Entrou com a missão de levar o terceiro cartão para ir à data FIFA suspenso - não aconteceu. - 5,5

Laquintana - Tem velocidade, mas não tem o drible. Seria um bom jogador para terminação, mas faltam finalizações com qualidade. Já são cinco jogos do uruguaio no Peixe e sem empolgar. - 4,5

Furch - SEM NOTA

Pedrinho - SEM NOTA

(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo, repórter na Energia 97FM e no Esporte por Esporte.



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