SEM VENCER NA VILA, O ACESSO ENTRA EM RISCO

Publicado às 20:02 deste sábado, 24 de agosto de 2024
(*) Pedro La Rocca

Já são três jogos sem vencer na Vila e no geral. Com o empate sem gols contra o Amazonas, o Santos chega a sete pontos conquistados nos últimos 18 disputados e tem a chance de deixar a vice-liderança da competição nacional.

Sem mudar o esquema como é de praxe, Carille fez cinco alterações. Chermont e Pedrinho estavam suspensos e deram vaga a Rodrigo Ferreira e Otero ganharam chance.

Bigode, que foi meia no último jogo, deu vaga a Giuliano que voltou a campo após cinco jogos de fora. Por questões técnicas, Pituca e Furch saíram para que o estreante Wendel e Sandry fossem titulares.

O Santos fez bons primeiros 15 minutos, pelo menos no quesito postura. Iniciou pressionando a saída de bola da equipe amazonense, mas a criação segue sendo um problema crônico da equipe Alvinegra. Depois, simplesmente sumiu o time de Carille.

A proposta da equipe mandante era deixar os pontas por dentro para receber os cruzamentos dos laterais que estavam espetados na linha de defesa do time visitante. 

O mapa mostra o quanto o Peixe lateralizou o jogo


Os cruzamentos porém, não tiveram alto aproveitamento - foram oito certos e 25 errados.

Quando Escobar foi expulso aos 57 minutos, o time simplesmente acabou e, por muitas vezes, viu o Amazonas, de cinco anos de idade, deixar o time Alvinegro na roda.

A escolha de ter Guilherme fechando em linha de cinco e Patati completamente isolado na ponta-direita. Eu simplesmente não entendo quando o treinador tira a principal arma ofensiva do time para deixá-lo acompanhando lateral até o fim. Não seria melhor colocar outro ponta para fazer isso, ao invés de trocar um centroavante por outro?

O time do Santos é o mesmo desde a primeira rodada, gente. Será que ninguém vê isso na gestão? Estão subestimando a série B, ou sendo conivente com a antipatia apresentada pelo tima para com o torcedor?

São problemas gritantes e óbvios que só a comissão técnica e diretoria do clube não enxergam, num clube que foi pioneiro no passado, hoje quer fazer a roda girar para o lado contrário. O óbvio às vezes precisa ser dito e feito.

Se não estivesse trabalhando na transmissão, desligaria a TV no intervalo, porque o time do Peixe desorgulha seu torcedor e, se nenhuma providência for tomada, o acesso tratado como obrigação, passa a entrar em risco.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 0 X 0 AMAZONAS 

Local: Vila Viva Sorte, em Santos (SP)
Árbitro: Jefferson Ferreira De Moraes (GO)
Público: 10.967
Renda: R$ 488.550,00
Cartões amarelos: Giuliano, Sandry (Santos); Jiménez, Sassá, Miranda, Sidcley, Barros (Amazonas)
Cartão vermelho: Escobar (Santos)

SANTOS: Brazão; Rodrigo Ferreira, Gil, Jair e Escobar; João Schmidt, Sandry (Diego Pituca) e Giuliano (Souza); Otero (Weslley Patati), Wendel Silva (Furch) e Guilherme
Técnico: Fábio Carille

AMAZONAS: Marcão; Ezequiel, Miranda, Alvariño e Fabiano (Sidcley); Jiménez (Varão), Barros, Ênio (Jonny Uchuari) e Diego Torres (Rafael Tavares); Matheus Serafim e Luan Silva (Sassá).
Técnico: Rafael Lacerda
Wendel fez sua estreia com a camisa Alvinegra

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS

Brazão - Fez uma boa defesa no primeiro tempo e, quando exigido no segundo, não comprometeu. O melhor do time. - 6,5

Rodrigo Ferreira - Só parou de sofrer na marcação quando Serafim foi jogar na direita. Só foi acertar um cruzamento na quarta tentativa. Cumpriu o que pediu o treinador, mas com baixa eficiência. - 5,0

Gil - A sua liderança tem aparecido mais que o futebol. Visível o incômodo do zagueiro em determinados momentos. - 6,0

Jair - Perdeu uma bola sendo o último homem que poderia custar caro. - 5,5

Escobar - Apesar de ser o último homem, foi inexperiente ao ir com as travas da chuteira na perna do adversário. Expulsão merecida de alguém que é deficiente técnico. - 3,5

Schmidt - A dificuldade na marcação é reflexo da desorganização do time, mas de novo bem na saída. - 6,0

Sandry - Fica mais plantado do que o Pituca. O Menino da Vila entra naqueles bons 15 primeiros minutos e que depois só mostrou queda de rendimento. - 5,0

Giuliano - Voltou depois de cinco partidas e sem ritmo algum. Quando recebia a bola demorava muito para dar sequência no jogo. - 4,5

Otero - Displicência define seu jogo. Nem as bolas paradas tem lhe salvado. - 4,0

Wendel - Três meses e uma semana sem jogar. Me parece mais móvel que o Furch, mas preciso ver mais. - 5,5

Guilherme - Parece até replay das outras notas - ficou encaixotado na marcação. Ficou muito mais próximo ao atacante no primeiro tempo, depois jogou aberto. - 4,5

Pituca - Entrou com um a menos e, assim como Schmidt, é refém da desorganização tática na marcação. - 5,5

Souza - Fez um corte e um desarme importante. Não deu margem para o bom Serafim. É mais técnico que Escobar. - 6,0

Patati - Único jogador do elenco com característica de drible curto. Conseguiu três jogadas promissoras, sendo que na última parou na sua dificuldade em finalizar. Não acho péssimo jogador, mas tem deficiências. - 5,5

Furch - SEM NOTA

(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo, repórter na Energia 97FM e no Esporte por Esporte.

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