Já são três jogos sem vencer na Vila e no geral. Com o empate sem gols contra o Amazonas, o Santos chega a sete pontos conquistados nos últimos 18 disputados e tem a chance de deixar a vice-liderança da competição nacional.
Sem mudar o esquema como é de praxe, Carille fez cinco alterações. Chermont e Pedrinho estavam suspensos e deram vaga a Rodrigo Ferreira e Otero ganharam chance.
Bigode, que foi meia no último jogo, deu vaga a Giuliano que voltou a campo após cinco jogos de fora. Por questões técnicas, Pituca e Furch saíram para que o estreante Wendel e Sandry fossem titulares.
O Santos fez bons primeiros 15 minutos, pelo menos no quesito postura. Iniciou pressionando a saída de bola da equipe amazonense, mas a criação segue sendo um problema crônico da equipe Alvinegra. Depois, simplesmente sumiu o time de Carille.
A proposta da equipe mandante era deixar os pontas por dentro para receber os cruzamentos dos laterais que estavam espetados na linha de defesa do time visitante.
O mapa mostra o quanto o Peixe lateralizou o jogo |
Quando Escobar foi expulso aos 57 minutos, o time simplesmente acabou e, por muitas vezes, viu o Amazonas, de cinco anos de idade, deixar o time Alvinegro na roda.
A escolha de ter Guilherme fechando em linha de cinco e Patati completamente isolado na ponta-direita. Eu simplesmente não entendo quando o treinador tira a principal arma ofensiva do time para deixá-lo acompanhando lateral até o fim. Não seria melhor colocar outro ponta para fazer isso, ao invés de trocar um centroavante por outro?
O time do Santos é o mesmo desde a primeira rodada, gente. Será que ninguém vê isso na gestão? Estão subestimando a série B, ou sendo conivente com a antipatia apresentada pelo tima para com o torcedor?
São problemas gritantes e óbvios que só a comissão técnica e diretoria do clube não enxergam, num clube que foi pioneiro no passado, hoje quer fazer a roda girar para o lado contrário. O óbvio às vezes precisa ser dito e feito.
Se não estivesse trabalhando na transmissão, desligaria a TV no intervalo, porque o time do Peixe desorgulha seu torcedor e, se nenhuma providência for tomada, o acesso tratado como obrigação, passa a entrar em risco.
Wendel fez sua estreia com a camisa Alvinegra |
Brazão - Fez uma boa defesa no primeiro tempo e, quando exigido no segundo, não comprometeu. O melhor do time. - 6,5
Rodrigo Ferreira - Só parou de sofrer na marcação quando Serafim foi jogar na direita. Só foi acertar um cruzamento na quarta tentativa. Cumpriu o que pediu o treinador, mas com baixa eficiência. - 5,0
Gil - A sua liderança tem aparecido mais que o futebol. Visível o incômodo do zagueiro em determinados momentos. - 6,0
Jair - Perdeu uma bola sendo o último homem que poderia custar caro. - 5,5
Escobar - Apesar de ser o último homem, foi inexperiente ao ir com as travas da chuteira na perna do adversário. Expulsão merecida de alguém que é deficiente técnico. - 3,5
Schmidt - A dificuldade na marcação é reflexo da desorganização do time, mas de novo bem na saída. - 6,0
Sandry - Fica mais plantado do que o Pituca. O Menino da Vila entra naqueles bons 15 primeiros minutos e que depois só mostrou queda de rendimento. - 5,0
Giuliano - Voltou depois de cinco partidas e sem ritmo algum. Quando recebia a bola demorava muito para dar sequência no jogo. - 4,5
Otero - Displicência define seu jogo. Nem as bolas paradas tem lhe salvado. - 4,0
Wendel - Três meses e uma semana sem jogar. Me parece mais móvel que o Furch, mas preciso ver mais. - 5,5
Guilherme - Parece até replay das outras notas - ficou encaixotado na marcação. Ficou muito mais próximo ao atacante no primeiro tempo, depois jogou aberto. - 4,5
Pituca - Entrou com um a menos e, assim como Schmidt, é refém da desorganização tática na marcação. - 5,5
Souza - Fez um corte e um desarme importante. Não deu margem para o bom Serafim. É mais técnico que Escobar. - 6,0
Patati - Único jogador do elenco com característica de drible curto. Conseguiu três jogadas promissoras, sendo que na última parou na sua dificuldade em finalizar. Não acho péssimo jogador, mas tem deficiências. - 5,5
Furch - SEM NOTA
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo, repórter na Energia 97FM e no Esporte por Esporte.
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