Desde a sequência de quatro derrotas seguidas eu não via um desempenho tão abaixo do time do Santos, que agora chegou ao segundo jogo sem vitória. Em Campinas, Guarani e Peixe empataram por 1x1. Escobar abriu o placar e Anderson Leite fez com que a partida terminasse sem vencedor.
O Alvinegro termina a rodada na segunda colocação.
Carille enfiou três mudanças no time. Chermont na vaga de Rodrigo Ferreira, Bigode no Serginho e Pedrinho no Otero. Saiu do tradicional 4-3-3 para o indefensável 4-2-4.
Por incrível que pareça, as mudanças fizeram o time que foi muito mal contra o Avaí, piorar vertiginosamente. O lanterna Guarani, com Luan Dias e Matheus Bueno, líder em faltas cometidas na competição, dominaram o corredor central de uma forma inexpressável.
Com três minutos, o Santos já podia pedir música, porque foram três contra-ataques cedidos.
Quando a posse de bola foi igualada e se via o Guarani com mais presença no campo ofensivo, o time da casa ganhava todas as segundas bolas, porque tinha superioridade numérica em todos os setores e o Peixe não matava a redonda.
A estratégia Alvinegra em Campinas era só a ligação direta. Não se vê uma saída de bola com aproximação, movimentação, linha de três com os volantes. Eu tenho dó do Furch, que já precisa de um fuzil para matá-la e ainda só recebe tijolo.
Contra o frágil Guarani, o Peixe só criou três oportunidades na primeira etapa e nenhuma com a bola trabalhada de pé em pé.
Se iniciou o segundo tempo e o Santos, pasmem, demorou 23 minutos para finalizar uma bola no gol. Sorte que foi o chute do gol, Escobar recebeu tapete vermelho para carregar a bola e acertou a bochecha da rede. O gol foi com a cara do time de Carille, que trouxe a bola de um lado, passou pela defesa e chegou para o outro acelerar.
Se até acho que Carille, depois do gol, mexeu no time com coerência colocando Guilherme por dentro para puxar contra-ataques. Mas eu não vi o time levar uma bola para o camisa 11 ficar no mano a mano contra a lentidão da defesa dos campineiros.
A passividade e a aceitação do time com 1x0 no placar fizeram o Guarani chegar ao empate aos 42 minutos, com Anderson Leite, de cabeça.
Estranha-me que times como Novorizontino e Mirassol são mais imprevisíveis que o Santos, com folhas menores, jogadores de qualidade inferior, no caso do aurinegro, estrutura inferior.
Volto a dizer que a saída de bola é sempre a dois mais dois apoios dos laterais e os volantes, na maioria das vezes, nas costas da marcação adversária.
No meio-campo, sempre há inferioridade em relação ao adversário, não tem movimentação, tendo em vista que o próprio treinador confessou na coletiva que o time não conseguiu trocar três passes seguidos no primeiro tempo.
A falta de criatividade existe pela falta de um jogador diferente na articulação como o "10", mas se a bola não chegar redonda fica complicado de se ter volume de jogo. Pelo segundo jogo seguido o meia titular do Peixe não dá uma assistência para finalização.
Assistir jogos do Santos tem sido prova de amor incondicional ao clube. Não tem saída de bola, o meio-campo parece uma erupção vulcânica de tão grande que é o buraco.
Para quem quer o título (nem sei se dentro do clube querem mesmo, ou só o acesso), alguém precisa ser cobrado pelo amasso que o time da Vila levou do pior time do campeonato.
Duvido que algo mude drasticamente para sábado (24), mas no mínimo a postura tem que ser diferente contra o Amazonas.
Guilherme não marca pelo segundo jogo seguido |
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