Publicado às 01:49 deste sábado, 31 de agosto de 2024 |
(*) Pedro La Rocca
Quatro jogos no geral. Quatro jogos na Vila, nesse caso mais de um mês. Com um a mais durante 45 minutos e com 2x0 no placar, o Santos sofreu empate com gol nos acréscimos. Giuliano e Basso marcaram para o Peixe, enquanto Jeh e Dodô empataram para a Ponte Preta, que tinha a quarta pior campanha jogando fora de casa.
Carille mais uma vez mexeu em cinco posições. Jair, em negociações, deu vaga a Basso; Chermont não agradou o treinador contra o Guarani e perdeu a vaga para Hayner; Escobar, suspenso, deu a primeira chance como titular para o menino Souza e Patati foi titular na ponta no lugar de Otero.
Novamente o Santos não conseguia infiltrar na zaga adversária. Uma lentidão tremenda na troca de setores e, enquanto Guilherme e Souza não tinham seus lampejos individuais, se via um time conivente com o empate em 0x0.
Giuliano deu o primeiro chute no gol aos 20 minutos e três minutos depois abriu o placar. Guilherme levou para o fundo e Wendel serviu o camisa 20 de bandeja para que abrisse o placar.
Basso, nove minutos depois, aproveitou bola viva na grande área e acertou voleio na gaveta. Teoricamente era nítida a cara de goleada, porque a Ponte teria que sair para jogar, mas isso ficou longe de acontecer.
Pouco antes do fim da primeira etapa, Elvis foi expulso por reclamação e, pela incapacidade tática que tem o time do Santos de hoje, o camisa 10 adversário teve participação crucial para o empate rival.
Pela expulsão, a Ponte teve apenas 26% de posse de bola e apenas quatro finalizações. Claramente jogaram na transição e no erro do Peixe - que caiu na armadilha da macaca campineira.
Aos 10 minutos, Jeh ganhou na velocidade de Basso e diminuiu o placar. Parece que o gol não fez o time Santista acordar.
Carille disse na coletiva que "era só o time não mudar no segundo tempo que o resultado viria". Não existe técnico do Santos não ter variação para jogar com um a mais e um a menos. É o mínimo.
Diferente disso, foi o marasmo de sempre, lentidão para rodar bola e pouco trabalho para o goleiro adversário.
Contra times melhores e com elencos piores, eu já vi o Santos, vencendo por um, dois, enfiava quatro, cinco até seis jogadores na última linha e ainda com armação por dentro e pelos lados. Hoje é essa limitação.
Com erro na saída de bola de Rodrigo Ferreira, a Ponte só fez o que o Peixe implorou durante todo segundo tempo - levar o empate.
Cansativo vir toda vez falar a mesma coisa. Com o pior público no ano na Vila, nem o torcedor, que aguentou esse péssimo futebol por muito tempo, foi guerreiro de voltar a Vila.
Se mantiver a proposta de ser reativo, de fazer sempre o mínimo, de não preparar jovens e sequer ser perigoso aos adversários, vai perder, além do acesso, o seu maior patrimônio - o torcedor.
Apesar de menos jogos, o camisa 20 ainda é o vice-artilheiro do time em 2024 |
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