ALÍVIO NO FINAL

Publicado às 00:28 deste sábado, 10 de agosto de 2024
(*) Pedro La Rocca

Depois de dois empates, o Santos voltou ao caminho das vitórias. Na estreia do returno, um 3x0 contra o Paysandu fora de casa. Guilherme (duas vezes) e Weslley Patati marcaram os gols que mantém o Alvinegro na liderança da competição.

Desde março de 2022, contra o Salgueiro pela Copa do Brasil, o time não conquistava uma vitória por três gols de diferença fora de casa.

Carille optou por poupar Chermont (dores no tornozelo) e Gil (lombar). O zagueiro, inclusive, vinha jogando no sacrifício, conforme o BLOG do ADEMIR QUINTINO traz há bastante tempo.

Os primeiros 20 minutos do Santos foram no ritmo da tartaruga. Brazão fez duas importantes defesas. As laterais não estavam marcando bem os pontas e a entrada da área estava desprotegida.

Bom para o Peixe, que com 14 minutos o Paysandu trocou duas vezes na mesma posição e foi quando os mandantes diminuíram o ritmo da partida.

A proposta do Santos mudou a partir dali. Trouxe Guilherme para marcar a ala e Serginho para fechar o lado esquerdo na segunda linha, formando um 5-4-1. Bom para o "amado", que soube aproveitar as costas da defesa adversária.

O próprio abriu o placar aos 38 minutos. Rodrigo Ferreira cruzou e Guilherme subiu no 41º andar.

Foi um primeiro tempo de muita aplicação tática do time de Carille que, pela diferença técnica, foi para o vestiário na frente do placar.

Os 45 minutos finais foram de um sonho para a equipe de Vila Belmiro.

O Paysandu, que dominou o setor de ataque durante 25 minutos, teve Netinho, seu primeiro volante, expulso por cotovelada.

Sem o pragmatismo de outrora, Carille sacou Serginho e colocou Bigode, mas posteriormente, com a entrada de Patati, Guilherme veio jogar nas costas do meio adversário.

O camisa 11 ganhou tapete vermelho para puxar os contra-ataques em velocidade, já que precisando do resultado, o técnico Hélio dos Anjos não repôs a lacuna deixada na função de primeiro volante.

Assim, Guilherme serviu Patati para o Menino da Vila driblar dois e matar a partida aos 45 minutos.

Em noite de gala, o amado ainda marcou o terceiro de falta - o segundo no campeonato.

Para dizer que não há elogios ao treinador nesta página, foi evidente que a colocação de Guilherme por dentro foi crucial, porque sem um volante, ninguém pegaria o autor de dois gols na velocidade.

Seria desperdício, com um a mais, ter seu jogador mais incisivo sendo assistente de lateral.

Espero que não pare por aí, mas bom para o Peixe que Carille soube ter repertório e jogou com três formações diferentes na partida (4-3-3/5-4-1/4-4-2). 

Já são 10 jogos sem perder, porém foi interrompida uma sequência de dois empates consecutivos. Apesar da expulsão ter ajudado, o Novorizontino está na cola e outros pontos perdidos seria uma situação tenebrosa.

FICHA TÉCNICA
PAYSANDU 0 X 3 SANTOS

Local: Estádio do Mangueirão, em Belém (PA)

Árbitro: Denis Da Silva Ribeiro Serafim (AL)

Cartões amarelos: Hélio dos Anjos e Benjamim Borasi; Rodrigo Ferreira, Guilherme, Otero, Weslley Patati e Willian (Santos)

Cartão vermelho: Netinho (Paysandu)

Gols:  Guilherme, aos 38' do 1ºT e aos 52' do 2ºT, e Weslley Patati, aos 45'2ºT (Santos)

PAYSANDU: Diogo Silva; Edílson, Quintana, Lucas Maia e Kevyn (Keffel); João Vieira, Matheus Trindade (Netinho) e Cazares (Robinho); Paulinho Bóia (Jean Dias (Esli García)), Benjamim Borasi e Nicolas
Técnico: Hélio dos Anjos

SANTOS: Gabriel Brazão; Rodrigo Ferreira (Hayner), João Basso (Alex), Jair e Escobar; João Schmidt, Diego Pituca e Serginho (Willian); Guilherme, Otero (Pedrinho) e Julio Furch (Weslley Patati)
Técnico: Fábio Carille
Menino da Vila entrou bem e, hoje, é o reserva imediato da ponta-direita

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS 

Brazão - Fez duas defesas difíceis no primeiro tempo e foi seguro no segundo. Cada vez mais seguro no gol Alvinegro. - 6,5

Rodrigo Ferreira - Sofreu na marcação do baixinho Esli García. Chutou uma bola no gol e deu assistência para o primeiro gol. - 5,5

Jair - Não errou nenhum passe e tirou uma bola em cima da linha quando o jogo estava 1x0. Foi o melhor da defesa. - 7,0

Basso - Não atuava há quase três meses e, enquanto aguentou estar em campo, não comprometeu. - 6,0

Escobar - Fez três desarmes, mas demorou a entrar no jogo. Sempre voluntarioso, mas sua segurança passa muito pela ajuda de Guilherme. - 5,5

Schmidt - Acionou os atacantes em 20 oportunidades. Sofreu no começo, porque o volume adversário na entrada da área era grande. - 5,5

Pituca - Deixou Guilherme na cara do gol e depois iniciou a jogada da abertura do placar. De 39 passes, errou um. - 6,5

Serginho - Acionou Guilherme quatro vezes e Otero nenhuma. Burocrático. No primeiro tempo, fechou o lado esquerdo na segunda linha. - 5,0

Otero - Assim como Serginho, pouco participou. Não tem velocidade para jogar todo tempo aberto, precisa vir mais para dentro formar um quadrado no meio. Uma falta perigosa foi sua grande participação. - 5,0

Furch - Joga mais como preparador de jogadas, do que centroavante. - 5,5

Guilherme - O cara do jogo. Dois gols e uma assistência. Cresceu quando o Santos esteve com um a mais e ele foi para o corredor central. Mesmo participando dos três gols, ainda foi assistente de lateral. - 8,0

Hayner - Fez três boas jogadas, mas pecou na tomada de decisão em todas. Não comprometeu na defesa. - 6,0

Alex - Deu tempo de realizar três cortes. - 6,0

Bigode - Deu oito passes (um errado) e um chute para fora. - 5,5

Pedrinho - Não voltou bem depois de caso de indisciplina. - 5,0

Patati - Pegou duas vezes na bola - uma fez o gol e outra sofreu a falta do terceiro tento. Se melhorar a tomada de decisão, pode dar bom jogador. Com essa característica no elenco, só ele. - 6,5

(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo, repórter na Energia 97FM e no Esporte por Esporte.


0 Comentários

BAIXE O MEU APLICATIVO

Acesse o Quentinhas do Quintino e fique sabendo tudo sobre o Peixe em tempo real.