PASSEIO

Publicado às 14:13 deste domingo, 19 de maio de 2024

(*) Pedro La Rocca

De volta à liderança da série B, o Santos venceu o Brusque por 4x0. Essa diferença no placar não acontecia para o Peixe desde fevereiro do ano passado, na ilusória vitória sobre a Portuguesa-SP. Patati, pela primeira vez no profissional, Giuliano, Willian Bigode e Morelos marcaram para o Peixe.

Para este domingo (19), Carille perdeu Guilherme com uma lesão na coxa e, por característica, o treinador deu oportunidade para Weslley Patati fazer seu primeiro jogo como titular no profissional Alvinegro. 

Conforme o BLOG do ADEMIR QUINTINO informou durante a semana, a vitória sobre a Ponte Preta era a última chance de Morelos - e tudo se confirmou. Bigode voltou a ser titular após três meses.

Carille mudou também o posicionamento na parte ofensiva. Pituca deixou de jogar de costas para o gol e passou a jogar de frente e lado a lado com Schmidt. Como já pedíamos há um tempo. Melhorou a saída de bola e consequentemente a criação de jogadas.

Patati abriu o placar aos 21 minutos e coroou a boa partida que vinha fazendo desde o início. Tentou o cruzamento, passou por toda defesa e traiu o goleiro adversário. Foi o primeiro gol do menino de 21 anos no profissional do Peixe. 

12 minutos depois Giuliano ampliou. Foi a segunda assistência do Chermont, que serviu o camisa 20 num cruzamento rasteiro na marca do pênalti. 

Aos 40, Bigode completou a fatura na etapa inicial após bola rasteira de Diego Pituca na linha de fundo.

Dois pontos importantes que foram cruciais para o alto placar em 45 minutos: tomadas de decisão corretas, especialmente nos cruzamentos, e a mudança no posicionamento dos meias - Pituca lado a lado com Schmidt e Giuliano saindo da área para buscar jogo e ainda assim pisando na área.

No segundo tempo, o time de Carille só controlou. Não é do perfil do treinador massacrar os 90 minutos. Mesmo assim Morelos marcou o quarto e último gol aos 35 da etapa final.

O novo posicionamento na saída de bola teve como consequência a melhora na criação de jogadas e no número de finalizações, que foi o maior na temporada (23 e 11 no gol).

Todos os seis adversários que o Santos enfrentou até agora iniciaram a rodada na segunda parte da tabela e o Brusque era o pior deles.

Méritos para o time Santista que encontrou as fragilidades do adversário, mudou posicionamento e conseguiu encontrar, para mim, o novo titular enquanto Guilherme estiver fora. 

A entrada do Bigode também foi importante. O atacante não participou com muitos toque na bola, mas tecnicamente não "apanha" da bola. 

Sexta-feira (24) começa um novo campeonato. América-MG será o adversário - o primeiro da parte de cima da tabela. Gostei especialmente da postura do time contra o Brusque, mas espero a prova contra o time Mineiro.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 4 X 0 BRUSQUE

Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Árbitro: Luciano da Silva Miranda Filho
Público: 10.325 pessoas
Renda: R$ 736.800,00
Cartões amarelos: Patrick, João Schmidt (Santos)

GOLS: Weslley Patati, aos 21 do 1ºT; Giuliano, aos 34 do 1ºT; Willian, aos 41 do 1ºT; Morelos, aos 34 do 2ºT (Santos)

SANTOS: João Paulo; JP Chermont (Rodrigo Ferreira), Gil, Joaquim e Escobar; João Schmidt, Diego Pituca e Giuliano (Cazares); Otero (Patrick), Bigode (Morelos) e Patati (Serginho).
Técnico: Fábio Carille

BRUSQUE: Matheus Nogueira; Everton Alemão, Wallace, Salustiano e Alex Ruan; Rodolfo (Jhemerson), Serrato e Anderson Rosa (Keké (Diego Tavares)); Dentinho (Dionisio), Paulinho Moccelin e Guilherme Queiróz.
Técnico: Luizinho Lopes

Giuliano marcou seu sexto gol no ano e agora é artilheiro do time em 2024

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS

João Paulo - Fez uma única boa defesa no início do jogo, depois apenas assistiu. - 6,0

Chermont - Partida de almanaque do Menino da Vila - a melhor desde a sua ascensão ao profissional. Deu três assistências. Venceu sete dois nove duelos. - 9,0

Gil - Regular. Com a ofensividade da equipe, a zaga pouco participou. Teve duas oportunidades no jogo aéreo ofensivo e não aproveitou. - 6,0

Joaquim - Pouco teve duelos em campo - apenas dois. Como disse acima, a zaga pouco teve trabalho. - 6,0

Escobar - Oscilou durante o jogo. Falta técnica, sobra força. Acertou apenas um de sete cruzamentos. - 5,5

Schmidt - Não só voltou a jogar bem, como muito bem. Foram oito desarmes (sete no primeiro tempo), sete bolas longas certas em oito tentativas e iniciou as jogadas do segundo e quarto gol. - 8,5

Pituca - Quando ajuda na saída de bola seu futebol cresce. Jogou lado a lado com Schmidt e ajudou muito Patati e Chermont pela direita. - 7,5

Giuliano - Ajudou na armação e pisou na área para marcar o segundo gol. Assim que gosto do jogador. - 7,5

Otero - Pela esquerda, voltou a jogar bem. Nada brilhante, mas finalizou de longa distância, com perigo para o goleiro e a movimentação por dentro deu espaço para Pituca ir na linha de fundo no terceiro gol. - 6,5

Bigode - Muita movimentação. Marcou o terceiro gol. - 7,0

Patati - Estreou como titular no profissional após 23 jogos e marcou o primeiro gol. Evoluiu muito de um tempo para cá. Se não é Rodrygo, Neymar etc, precisa ser o substituto do Guilherme com tamanha qualidade. É o jogador insinuante do time do Santos. Finalizou quatro vezes em 72 minutos em campo. - 8,0

Cazares - Quando participou, que não foram muitas vezes, matou dois contra-ataques. - 5,0

Morelos - Pouco tocou na bola, mas guardou o dele. Hoje é reserva do time. - 6,0

Patrick - Está sem ritmo, mas não deixou de correr na bola. - 5,5

Serginho - Foi o homem das bolas paradas na reestreia pelo Peixe. - SEM NOTA

Rodrigo Ferreira - SEM NOTA

(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo e repórter no Esporte por Esporte. 

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