Publicado às 21:30 deste domingo, 22 de outubro de 2023 |
(*) Pedro La Rocca
Time do tamanho e tradição do Santos não pode nem sonhar em tomar de sete para ninguém. Depois de ser derrotado em casa para o Bragantino, o Peixe foi ao sul do país para levar um sonoro 7x1 do Internacional. Kevyson (contra), Alan Patrick, Valencia (duas vezes), Wanderson, Bustos e Luiz Adriano marcaram os gols da equipe mandante, enquanto Silvera fez o único gol do jogo.
Sem os suspensos João Paulo e Jean Lucas, Vladimir e Dodi foram os escolhidos para as vagas entre os titulares. O camisa 19 havia atuado no jogo anterior, aproveitando a ausência do capitão Rincón, que retornou neste domingo (22).
Com 13 minutos, moralmente o jogo já tinha acabado. O placar já estava em 2x0 e um baile era visto no Rio Grande do Sul.
O pior nem foi o placar final, mas sim a maneira com que os Santistas fizeram até chegar nele. Com 2x0 e um vareio em campo, ninguém fez algo para mudar a postura do time, parar de tentar ir na técnica e ir na marra e na porrada. Era tragédia anunciada. Só não virou quatro e acabou oito, porque o Inter não quis.
Ninguém se mostrava indignado com o resultado, ou se cobrava entre si. Porque é normal levar de sete, né?
Curioso que no segundo tempo a postura foi a mesma. O Internacional venceu o Santos em ritmo de treino.
Com o placar já liquidado por 7x0, Silvera aproveitou passe de Rincón em bola aérea para diminuir.
Para quem diz que não critico o técnico Marcelo Fernandes (e está equivocado) pode ver também que na mesma live pré-jogo, citei que não era jogo para o Furch como titular, vide que o time do gaúcho, apesar de ter um jogo com bola muito forte, tem um meio-campo que não marca nem consulta e que o Peixe precisava de alguém fazendo a função do suspenso Soteldo.
É o menos culpado. Sem ele o time não teria conquistado nove pontos nos seus três primeiros jogos.
Foi o melhor exemplo do costume de vexames que o clube vem se contagiando nessa gestão que não pratica futebol. O próprio Gallo confirmou logo depois em coletiva, que o problema não foi técnico ou físico, mas sim comportamental.
A rodada foi muito ruim, ou seja, o placar não poderia se de derrota Santista jamais, porém se fosse para perder, que perdesse em pé, correndo e batalhando pela mais bela página do futebol mundial.
Acreditava seriamente que as vergonhas parariam em Táchira, Blooming e Ituano, mas fizeram questão de reviver e ainda fazer pior do que no clássico contra o Corinthians há 18 anos atrás. O Santos coloca mais um placar entre os terceiros piores da história do Brasileirão de pontos corridos.
Contra o Cruzeiro (0x3), o placar não foi tão cruel para a história Santista, mas os ferimentos eram mais dignos de jogar a toalha.
O Santos volta a campo na próxima quinta-feira para enfrentar o vice-lanterna, Coritiba, em Vila Belmiro às 21h30min, com os retornos de João Paulo, Jean Lucas e Soteldo. Marcelo terá todos os titulares à disposição. Em confrontos diretos de quem pode tomar o 18º lugar do Alvinegro, o Corinthians pega o Cuiabá fora, o Vasco pega o Inter em casa e o Goiás vai ao Rio de Janeiro enfrentar o Fluminense.
A luta continua. Faltam 15 pontos para os 45. São mais 10 jogos para definir a história do clube depois de 111 anos.
Gols: Kevyson (contra), ao 1' do 1ºT; Alan Patrick, aos 13' do 1ºT, Enner Valencia, aos 27' do 1ºT e aos 15 do 2ºT, Wanderson, aos 38' do 1ºT, Fabrício Bustos, aos 8' do 2ºT, Luiz Adriano, aos 30' do 2ºT (Internacional); Maxi Silveira, aos 34' do 2ºT (Santos)
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