Publicado às 22:04 desta quinta-feira, 20 de abril de 2023 |
(*) Pedro La Rocca
Voltando a atuar com torcida na Vila Belmiro, o Santos mais uma vez decepcionou em campo e apenas empatou com o Audax Italiano do Chile, o penúltimo colocado no campeonato nacional. Ao final da segunda rodada da "Sula", o Peixe se encontra na segunda colocação do Grupo E com quatro pontos, atrás do líder Newell's Old Boys-ARG que tem seis.
O técnico Odair Hellmann promoveu três mudanças na equipe titular: Rodrigo Fernández entrou no lugar do Camacho, Ângelo entrou no lugar do Daniel Ruiz (esses por opção técnica) e Soteldo entrou no lugar do lesionado Lucas Barbosa. A partida desta quinta-feira, marcou a sexta vez, apenas, que o trio Ângelo, Soteldo e Marcos Leonardo jogou junto desde o retorno do venezuelano.
Não adianta nada, ter três grandes jogadores no ataque se eles não se conectam durante o jogo, não só entre si, mas com os jogadores de meio e laterais também.
O Santos teve apenas duas oprotunidades claras no primeiro tempo: uma com Marcos Leonardo aos 12 minutos, em que ele finalizou cruzado e o goleiro fez uma boa defesa. A outra veio com Soteldo, que a partir do rebote do goleiro, tinha o gol livre para abrir o placar e errou a meta.
O Peixe optou em 90% das ações pelas jogadas laterais, só que o adversário, de forma inteligente, percebeu que o Santos têm dificuldades de aproximação e fechava com três defensores contra só um atacante Santista - já que o meia não se movimenta e os laterais não tem profundidade.
Em determinados momentos da partida o Soteldo saía do lado esquerdo para se aproximar do Ângelo, deixando um buraco para o Lucas Pires se tornar quase um ponta do outro lado, algo que não aconteceu.
O Santos foi muito dependente das jogadas individuais e especificamente hoje precisava de um jogo coletivo forte, já que Soteldo e Ângelo não estavam nada legais em campo.
Já não é de hoje que o Santos se mostra ser um time fraquíssimo coletivamente. Não tem condição do jogador que mais deu passes em campo ser um zagueiro (Bauermann) contra o penúltimo colocado do sofrível Campeonato Chileno.
Não tem condição, do time ser escalado com dois potenciais técnicos - que repito, não fizeram bom jogo - e o time ficar estático em campo e mais aberto que coração de mãe.
Não tem condição do time ter Messias, Fernández e Bauermann na saída de bola e ficar o tempo todo tentando bola longa.
Há muito tempo, eu defendo a tese que o Odair tem dificuldades por conta da carência de bons jogadores, mas neste momento fica claro que o time está sendo mal treinado e mal colocado em campo. O time é ruim, não corresponde, não faz nada além do esperado e a mediocridade no elenco segue desde o dia 30\01\21.
Quando o Santos joga com a bola sempre tem dificuldades. É só olhar a diferença do jogo contra a Portuguesa, ou contra o Botafogo e o jogo contra o Audax Italiano, ou o Blooming. Futebol gaúcho está imperando no Santos, mas não vem dando resultado.
O Santos volta a campo no próximo domingo (23), para fezer seu segundo jogo dentre os quatro da sequência de jogos em casa. Pela segunda rodada do Brasileirão, o Peixe recebe o Atlético-MG, em partida decisiva para a sequência do ano de ambas equipes.
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