"Essa pergunta só é válida se tivesse terminado 2 a 1 para nós e a pergunta fosse a mesma. O Bruno Marques, nem estava em condição de vir para esse jogo, mas mesmo que tivesse, talvez nem tivesse vindo. O futebol não é só ter um jogador alto como opção. Você precisa achar nos treinamentos e ver quem está produzindo mais, não por conta da sua característica. No São Paulo mesmo, o ano passado, os jogadores de velocidade não jogavam. Pelas pontas iam dois meias. A questão é como o time vai se adaptando como vai jogar. Eu vou trazer para o jogo aqueles que estão melhor no treinamento" afirmou.
“Quanto à saída do Luan, quando fui perguntado, eu fui contra, totalmente. A gente teve um time aqui no primeiro semestre que lutou até a última rodada contra o rebaixamento no Paulista, era uma coisa clara que precisávamos reforçar e não perder jogadores, ainda mais um jogador do tamanho do Luan Peres. Um jogador que tem carisma da torcida, joga bem todos os jogos, sintonia fina. Sou totalmente contra” desabafou Diniz.
Ainda sobre o beque que custou 2,8 milhões de euros (R$ 17 milhões) por 70% dos direitos econômicos, no começo do ano, o comandante técnico 'detonou' de críticas e 'tirou o seu da reta'.
"Não é que eu não penso no clube. Eu nunca fui um treinador que chega e fica pedindo contratação milionária, sou ao contrário. Mas, no caso do Luan Peres, o que tenho a dizer é que fui absolutamente contra, totalmente contra, e sou contra até agora”, finalizou.
O treinador também reclamou da arbitragem. Diniz criticou muito uma falta em Marinho no lance que provocou o primeiro gol dos donos da casa no começo do segundo tempo e um pênalti em cima do ala Madson, já quase no fim da partida.
Sobre as mudanças que o time sofre ao longo da temporada, nem vou falar do argentino 'fujão' Ariel Holán que largou o clube 'no mato' ao pedir demissão entre um clássico contra o Corinthians e um jogo na Argentina, diante do Boca Juniors, mas o Santos de Cuca era mais vertical, sem rodar tanto a bola com a mesma indo nos pés de Marinho ou Soteldo e até Lucas Braga com rapidez até a área adversaria. Hoje, o atual comandante utiliza-se muito do jogo de aproximação e maior lateralidade e a péssima finalização de quem arremata a meta oponente.
A verdade é que neste sábado (3), o time desperdiçou a chance de ganhar três pontos novamente para clubes da parte debaixo da tabela.
O time segue em reconstrução, com apenas poucas apostas de reforços, porém, a exemplo do que aconteceu contra o Fluminense, algumas mudanças já poderiam ter acontecido, visando um melhor aproveitamento.
O ala Pará e o próprio técnico Fernando Diniz são desfalques para o próximo compromisso no campeonato nacional, na terça-feira (6), diante do Athlético Paranaense, na Vila Belmiro. Ambos receberam o terceiro amarelo. Alison e o goleiro John seguem como dúvidas se recuperando de lesões.
FICHA TÉCNICA
AMÉRICA-MG 2 X 0 SANTOS
Estádio Independência - Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Denis da Silva Ribeiro Serafim
Cartões amarelos: Eduardo, Zé Ricardo, Ribamar, Vagner Mancini (AME), Pará, Lucas Braga, Luiz Felipe, Fernando Diniz (SFC)
GOLS: João Paulo, aos 10, e Carlos Alberto , aos 49 minutos do segundo tempo
AMÉRICA-MG: Matheus Cavichioli; Eduardo, Anderson Jesus, Eduardo Bauermann e João Paulo; Zé Ricardo (Ramon), Juninho Valoura e Marcelo Toscano; Felipe Azevedo (Alan Ruschel), Ribamar (Carlos Alberto) e Rodolfo (Giovani). Téc: Vagner Mancini
SANTOS: João Paulo; Pará (Madson), Luiz Felipe (Ângelo), Kaiky e Felipe Jonatan (Sánchez); Camacho, Jean Mota e Gabriel Pirani (Moraes); Marinho, Marcos Guilherme e Lucas Braga. Téc: Fernando Diniz
Diniz criticou demais a possível saída de Luan Peres. |
NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS:
João Paulo: Sem grandes intervenções. Não conseguiu evitar os dois gols. - 5,0
Pará: Limitou-se a ficar na linha defensiva. Levou o terceiro amarelo e desfalca o time diante do Furacão, na próxima terça-feira (6). - 5,0
(Madson): Deu mais velocidade pela direita. Reclama de uma penalidade máxima. - 5,5
Luiz Felipe: Bem posicionado. - 6,0
(Ângelo): Entrou quase no fim da partida. - SEM NOTA
Kaiky: Bem na saída de bola. Ainda peca no jogo aéreo. Perdeu uma dividida no alto com Ribamar. No segundo gol perdeu na corrida para Carlos Alberto, mas estava mano a mano com o adversário. - 5,5
Felipe Jonatan: Voltou a aparecer mais a frente. Roubou bola na intermediária. Quase marcou seu gol em chute forte de fora da área que parou nas mãos de Cavichioli. Foi substituído por Sánchez. - 6,0
Sánchez: Deu melhor qualidade no passe. Não foi o jogador que entrou 'voando' contra o Grêmio, mas deu mais dinâmica no meio-campo. - 5,5
Camacho: Outra boa atuação do volante que ficou órfão e sentiu a falta de alguém para dar início as jogadas ofensivas. - 6,5
Jean Mota: Quando saiu do meio-campo para a ala esquerda, o Santos perdeu o setor. Depois com a entrada de Moraes, voltou para segundo volante. - 6,0
Pirani: Caiu de produção nos últimos jogos. - 5,0
(Moraes): Em sua estreia se mostrou participativo. Tentou ajudar no apoio. - 6,0
Marinho: Quase não finalizou a gol. - 5,5
Marcos Guilherme: Com a escolha de Diniz em jogar sem centroavante, o jogador de pouco mais de 1,7 não encontrou seu espaço no gramado. - 5,0
Lucas Braga: A entrega segue a mesma, mas ainda não encaixou no jogo de aproximação de Diniz. - 5,5
Téc: Fernando Diniz: Errou na escolha do time sem centroavante. Matou o jogador mais efetivo dos últimos jogos, Marcos Guilherme. Disse na coletiva que Bruno Marques não tinha condições de jogo, mas mesmo que tivesse, talvez não o levaria. Mas o time ficou insistindo parte do segundo tempo com cruzamentos para jogadores baixo e de baixo aproveitamento neste tipo de jogada. Demorou para colocar Ângelo, que apesar de não estar pronto, poderia quebrar linhas e proporcionar finalizações dos companheiros a meta adversária. - 5,0
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