NA VOLTA DO PAULISTÃO, PEIXE SÓ EMPATA E USA A COMPETIÇÃO COMO LABORATÓRIO

Publicado às 11h30 deste domingo, 11 de abril de 2021.

No retorno do estadual de São Paulo, o Santos com um time completamente reserva, só empatou sem gols, 'nos embalos de sábado a noite', no estádio da Vila Belmiro, diante do Botafogo-SP. A partida foi válida pela nona rodada da fase de classificação, porém, foi apenas o quinto jogo do Peixe na competição. O campeonato estava paralisado em razão da pandemia do covid-19.

Sem o ala Madson que não foi inscrito no estadual, em razão de erro administrativo, pois o alvinegro completou a lista A da competição, que pode ter até 26 jogadores com o jovem Derick que tem 18, e deveria estar na lista B, que são destinados aos atletas pratas da casa, com menos de 23 anos e não tem limites, Ariel Holán colocou Sandro que não estava nem relacionado no seu lugar. Lucas Lourenço também a chance de começar o jogo desde o início. 

O time do interior que estreava o técnico Argel e até então, tinha apenas um ponto no campeonato, se portava atrás da bola, com duas linhas de cinco, mas percebendo os problemas do Santos de entrosamento e dificuldade de quebrar as linhas, começou a contra-atacar pelos lados e levar perigo, principalmente com o ótimo Dudu Hatamoto. 

O alvinegro teve um gol anulado, marcado por Luiz Felipe, após cobrança de falta efetuada por Lucas Lourenço. O defensor e capitão santista na partida estava um pouco a frente.

Antes do intervalo, também teve um chute de Jean Mota e foram as únicas jogadas perigosas do time santista nos primeiros 45 minutos.

Antes de começar a segunda etapa, Holán retirou Sandro e improvisou Balieiro para conter as boas investidas de Hatamoto e acabou com a farra. Porém, pode ter custado caro. O meio-campista dono da camisa 17 teve um trauma no joelho esquerdo. Balieiro  foi medicado ainda no vestiário da Vila Belmiro e será reavaliado neste domingo (11).

O trauma do volante é preocupante porque o Santos sofreu com três lesões recentes no ligamento cruzado anterior do joelho. No ano passado, o uruguaio Carlos Sánchez passou por cirurgia no local. No começo deste ano foi a vez do volante Jobson e, nesta semana, o garoto Sandry.

Se o primeiro tempo, o time não conseguia atacar, no segundo tempo foi pior ainda. Teve uma oportunidade com Kaio Jorge que voltou ao time depois de dois meses e entrou no segundo tempo na vaga de Bruno Marques e outra com Venuto que o goleiro Igor defendeu.

Apesar do resultado ruim, sou favorável sim de priorizar o Paulista e testar os meninos utilizando a competição como laboratório. O Santos já conseguiu colocar três meninos de titular no time principal e não vai conseguir fazer isso de 'baciada' inclusive do time alternativo. Quem tem qualidade vai ser mais utilizado e quem não comprovar, o clube que empreste no segundo semestre.

Antes do jogo acabar ainda teve o colombiano Copete, que não atuava há nove meses, reestreou na equipe. O jogador se recuperou recentemente da Covid-19 e teve que se "sacrificar" na lateral-direita, já que Madson, como explicamos acima, não foi inscrito no Campeonato Paulista e sem opções para o setor foi para a ala-direita.

Pelo Paulistão, o time volta a campo, muito provavelmente novamente com um time alternativo, sexta-feira às 20h, diante da Ponte Preta, em Campinas. Antes, porém, enfrenta o San Lorenzo, em Brasília, na segunda e última partida da terceira fase, a última antes da fase de grupos, na terça-feira (13), às 21h30 com transmissão da Energia 97 FM.


FICHA TÉCNICA 

Santos 0 x 0 Botafogo-SP

Estádio da Vila Belmiro - Santos (SP) 

Árbitro: Adriano de Assis Miranda

Cartões amarelos: Luiz Felipe (SFC); Victor Ramos e John (BOT)

SANTOS: John; Sandro (Vinícius Balieiro) (Copete), Luiz Felipe, Alex e Jhonnathan; Kevin Malthus, Lucas Lourenço e Jean Mota (Renyer); Ângelo, Bruno Marques (Kaio Jorge) e Allanzinho (Lucas Venuto). Técnico: Ariel Holan. 

BOTAFOGO-SP: Igor; Rodrigo, Victor Ramos, Fabão e Pará; Emerson (John Everson), Victor Bolt (Matheus Santos), Renatinho (Michel); Dudu (Luketa), Neto Pessôa (Kaio Magno) e Richard. Técnico: Argel Fucks.

Venuto após empréstimo ao Sport, também reestrou com a camisa santista.

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS: 

John: Fez uma grande defesa no primeiro tempo, num chute que a bola ainda tocou no travessão. No mais, foi um mero expectador. - 6,5

Sandro: Não estava relacionado e foi pego as pressas com o erro administrativo do esquecimento da inscrição de Madson. Sofreu para conter o bom Dudu Hatamoto. Foi substituído. - 5,0

(Vinícius Balieiro): Acabou com a farra impondo-se na marcação do lado direito da defesa. Vai ser reavaliado neste domingo (11) e tomara que algo ruim não tenha acontecido após a dividida com o jogador botafoguense que o levou a ser substituído. - 6,0

(Copete): Exemplo de profissionalismo. Um coringa. Vai em todas. Não deu espaços, apesar de pouco tempo em campo. - 6,0

Luiz Felipe: Bem colocado na hora do gol, que infelizmente foi anulado. Tentou colaborar na cobertura de Sandro no primeiro tempo. Algumas vezes conseguiu, outras não. - 5,5

Alex: Errou muitos passes na saída de bola, principalmente no primeiro tempo. - 5,0

Jhonnathan: É zagueiro e sabe atuar como volante. Foi usado muitas vezes assim com o técnico Luciano Santos na base. Não teve explosão para apoiar. Limitou-se a marcação. - 5,5

Kevin Malthus: Prefiro-o jogando mais a frente. Mas com a política de poupar os principais jogadores para a terça-feira, teve que jogar na cabeça da área. - 5,5

Lucas Lourenço: Prendeu a bola demais em alguns instantes. Pensei que como tinha outro coordenador, jogaria mais solto, mas isso não aconteceu. - 5,0

Jean Mota: Não reeditou as boas atuações do fim do Brasileiro e começo do estadual. Não conseguiu ser o coordenador de jogadas para abastecer o ataque. - 5,0

(Renyer): Pouco tempo em campo. - SEM NOTA

Ângelo: Bastante personalidade. Quando viu que o conjunto não estava funcionando, chamou a responsabilidade. Foi o melhor do time. Potencial enorme. - 6,5

Bruno Marques: Tem muitas dificuldades com a bola no chão. Não chegou nenhuma bola no alto, sua melhor característica. - 5,0

(Kaio Jorge): Tem fundamentos melhores que o antecessor e boa leitura de jogo. Quase deu uma assistência para Venuto marcar. Teve uma oportunidade de cabeça e desperdiçou. Precisa melhorar esse quesito para crescimento na posição. - 5,5

Allanzinho: Esteve tímido. Costuma agredir mais nos jogos da base. Tudo normal. Apenas o terceiro jogo no profissional. Sentiu falta de um jogo mais apoiado, já que Jhonnathan não subia ao ataque. - 5,0

(Lucas Venuto): Perdeu um gol de cabeça e após rabiscar bem deixou de finalizar em um lance que Kaio Jorge entrou na frente. Botou uma fumaça maior que o antecessor. - 5,5

Técnico: Ariel Holan: Poupou os principais jogadores. Tenho dúvidas se ele conseguiu treinar esse time mais que uma vez. Creio que algumas escolhas podiam ser diferentes como Copete desde o inicio e Guilherme Nunes na cabeça da área e Kevin, um pouco mais a frente. Prejudicado e muito com o erro administrativo da inscrição de Madson. Faltou um jogador mais maduro com velocidade e o reserva da ala direita era esse atleta. - 5,0

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