Publicado às 07h14 desta sexta-feira, 20 de outubro de 2017. |
Pela terceira vez seguida no Campeonato Brasileiro, o alvinegro da Vila perde a chance de se aproximar da liderança. Pior que isso, o time caiu para a quarta colocação, pois tem os mesmos 50 pontos do Grêmio e Palmeiras, mas perde nos critérios de desempate. Após um segundo tempo abaixo da critica, o Santos que saiu na frente, cedeu o empate na Ilha do Retiro para o Sport e a partida terminou empatada em 1 a 1. É o time que mais empatou na competição, ao lado do Fluminense. São onze no total até aqui em 29 jogos.
Conforme o Blog do ADEMIR QUINTINO antecipou no começo da tarde com exclusividade, Yuri foi confirmado como o substituto de Alison, suspenso e Copete perdeu a vaga de titular. Entretanto, Levir Culpi, não colocou outro atacante na vaga do colombiano e sim, o meia Serginho.
Com três minutos de jogo, Ricardo Oliveira recebeu bela assistência de Jean Mota e abriu o placar para o Peixe que durante vinte e cinco minutos controlava o jogo. Porém, dai em diante, Vanderlei começou a dar show. O goleiro do Santos livrou a "cara" do time na primeira etapa com defesas maravilhosas. O lado direito do Sport com Osvaldo dominava o jogo e oferecia muito perigo a retaguarda santista.
Veio o segundo tempo e Levir colocou Copete na vaga de Serginho. O camisa 41 não é dono de grande velocidade, mas trocava bons passes e não comprometia. Copete, que apesar de mal momento técnico, tem na aplicação e cumpridor de funções táticas, entrou para auxiliar Zeca na marcação - porém, a substituição não funcionou e o Peixe perdeu o contra-golpe e passou a somente se defender. Era questão de tempo o Sport chegar a igualdade que veio com Rogério quase no final da partida.
Ainda assim, mesmo após os donos da casa empatarem, Vecchio deixou Kayke frente a frente com Magrão e o camisa 11 perdeu uma oportunidade incrível. Ele havia entrado aos 37 minutos da etapa complementar. O atacante não conseguiu segurar a bola que originou o gol dos pernambucanos e desperdiçou a oportunidade de dar a vitória ao Santos aos 43 minutos.
Como querer ser campeão com três pontos conquistados apenas em nove disputados contra times que lutam para não cair - Ponte Preta, Vitória e Sport? O futebol que o Santos tem apresentado é feio e irritante. Se não fossem Vanderlei e Lucas Veríssimo, a derrota fatalmente teria acontecido. O gol desperdiçado no final, sem marcação, é inadmissível para um atacante que não marca um gol há meses.
Os números são irrefutáveis. O DNA do time que mais gols marcou na história do futebol, não faz parte do presente do time. Tanto é que o Santos tem o quinto pior ataque da competição com apenas 31 gols marcados. Um clube que tem um histórico de futebol para frente, aceita passivamente a levar pressão de qualquer adversário a cada rodada que passa. Não perde, mas também ganha poucos jogos.
A exemplo do ano passado, quando a equipe se superou, mas desperdiçou pontos absurdos como perder para o rebaixado Figueirense em casa ou ainda ser derrotado para o lanterna e também rebaixado América-MG, quando poderia ter sido campeão simbólico do primeiro turno, o Santos deixa de brigar pelo título. E a luz amarela acendeu, porque a conquista da vaga para a Libertadores de forma direta que era uma certeza, já passa a ficar ameaçada.
No domingo (22), diante do Atlético-GO, o alvinegro volta a campo às 17h na Vila Belmiro. Alison retorna de suspensão. Bruno Henrique, Renato e Victor Ferraz serão reavaliados. Vecchio recebeu o terceiro amarelo no Recife é desfalque certo.
FICHA TÉCNICA
SPORT 1 X 1 SANTOS
Estádio da Ilha do Retiro - Recife (PE)
Árbitro: Dewson Freitas da Silva (Fifa-PA)
Público/renda: 16.377 pagantes/
Cartões amarelos: Wesley (SPT), Matheus Jesus, Lucas Veríssimo, Yuri, Vacchio e Copete (SAN)
GOLS: Ricardo Oliveira (3'/1ºT) (0-1), Rogério (38'/2ºT) (1-1)
SPORT: Magrão; Raul Prata (Samuel Xavier, no intervalo), Durval, Oswaldo Henríquez e Sander; Patrick, Wesley (Juninho, no intervalo) e Rithely, Diego Souza, Osvaldo (Rogério, aos 28'/2ºT) e André. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
SANTOS: Vanderlei; Daniel Guedes, Lucas Veríssimo, David Braz e Zeca; Yuri (Vecchio, aos 10'/2ºT), Matheus Jesus e Lucas Lima; Serginho (Copete, no intervalo), Jean Mota e Ricardo Oliveira (Kayke, aos 37'/2ºT). Técnico: Levir Culpi.
NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS:
Vanderlei: Um crime hediondo não testar uma única vez esse goleiro na Seleção Brasileira. Pegou quase tudo. - 8,5
Daniel Guedes: Não conseguiu apoiar, sua melhor qualidade. Na marcação deixou espaços. Veríssimo teve que dar um bote e levou um cartão, em razão do posicionamento do ala que tem potencial, mas precisa melhorar esse fundamento. - 5,5
Lucas Veríssimo: Um dos melhores, se não o melhor defensor do campeonato. Partidaça. - 8,0
David Braz: Não comprometeu. - 6,0
Zeca: No primeiro tempo teve dificuldades para parar Osvaldo. Melhorou na segunda etapa. - 6,0
Yuri: Também teve dificuldade para auxiliar Zeca na marcação pelo lado esquerdo. Visivelmente sem ritmo em razão de não jogar há algum tempo. Foi substituído assim que recebeu um cartão. - 5,0
(Vecchio): Levou um cartão amarelo assim que entrou. Deu uma bola açucarada para Kayke matar o jogo. O camisa 11 desperdiçou. - 5,5
Matheus Jesus: Bem na marcação. Fez ótimo primeiro tempo. Cansou na etapa complementar. - 7,0
Lucas Lima: Apagado. - 4,0
Serginho: Por incrível que pareça ajudou mais que o "tático" Copete do lado esquerdo. Trocou bons passes. Não devia ter saído. - 6,0
(Copete): Vive péssima fase. Nem a sua aplicação na cooperação na marcação pode ser vista. - 4,5
Jean Mota: Aproveitou bem o espaço deixado pelo meio campo do Sport. Fez ótimo primeiro tempo. Boa assistência no gol. Caiu de produção na etapa complementar. - 6,5
Ricardo Oliveira: Melhorou nas últimas partidas. Teve duas chances e guardou uma. - 7,0
(Kayke): Jogou apenas 8 minutos mais os acréscimos, mas o suficiente para desperdiçar uma oportunidade no final, onde só tinha o goleiro a frente. Não marca um gol há três meses. - 3,0
Técnico: Levir Culpi: A equipe não tem padrão e limita-se a se defender. Não é o único culpado dos últimos resultados, mas um dos grandes responsáveis. Não treinou o time que começou o jogo. Para não dizer que não falei das flores, acertou em colocar Serginho no começo do jogo. - 5,0