Publicado às 00h54 desta quinta-feira, 27 de abril de 2017. |
O Peixe teve enormes dificuldades para entrar na retranca dos paraenses. No primeiro tempo, o time de Dorival Junior teve apenas uma oportunidade real e depois dos 40 minutos. A proposta dos visitantes era congestionar o meio de campo e impedir que o Glorioso criasse. Mesmo na retranca, por incrível que pareça, a equipe do técnico Marcelo Chamusca, o mesmo que levou o Guarani da série C para a B, teve as melhores chances nos 45 minutos iniciais e se não fosse o goleiro Vanderlei, tinha aberto o marcador no contra-ataque.
Veio a segunda etapa e aos 4 minutos, Bruno Henrique deu um bico na possibilidade de "zebra". O melhor atacante santista na partida recebeu próximo a grande área e marcou um golaço, ao mandar a bola no angulo esquerdo do goleiro do Paysandu.
O gol deu um pouco mais de confiança ao Santos que não fazia uma boa apresentação. Vieram as substituições. Vitor Bueno contestado por alguns, aplaudidos por outros, deu vaga a Arthur; Hernández substituiu Lucas Lima e Copete entrou no lugar de Matheus Ribeiro. As alterações deram novas alternativas e foi em bola parada, em jogada dos colombianos que entraram que um deles, o camisa 36, aumentou o placar de cabeça - 2 a 0.
Em termos de resultado, a diferença é satisfatória. O Peixe não levou gols e se marcar um no estádio Mangueirão que vai estar lotado, obriga o "papão" a marcar quatro para se classificar. Porém. o placar foi melhor do que o futebol apresentado. Claro que há de se ressaltar, a retranca do time da Região Norte do país, porém, não justifica as poucas chances criadas. A segunda etapa foi melhor que a primeira, mas abaixo da capacidade que o time pode produzir.
Na próxima semana, dia 4, no Pacaembu, o alvinegro volta a campo, diante do Independente Santa Fé (COL), pela Libertadores da América. Uma vitória praticamente define a classificação do time a próxima fase.
Já que citei o próprio da municipalidade paulistana no parágrafo anterior, o Santos precisa usa-lo mais. É inadmissível que com associados que tiveram direto a ingressos gratuitos, apenas 6.266 expectadores foram acompanhar o time no estádio Urbano Caldeira, na segunda maior competição do país.
Infelizmente, observo os rivais SCCP e Palmeiras, com rendas de mais de R$ 1,5 milhão constantemente e o Santos com R$ 200 mil, R$ 300 mil. Não vai aguentar. Não se pode dar o foco apenas nos direitos de transmissão de TV. A diferença é muito grande e tornará a concorrência com os rivais, a médio prazo, um verdadeiro abismo sem fim.
Como não sou de criticas gratuitas, sem sugestões, não sou partidário de que se esqueça a Vila famosa, absolutamente, mas a proporção de jogos na baixada, onde o público tem sido constante em torno de 5 a 8 mil pessoas, precisa ser menor e o "embaixador do mundo" precisa subir mais a Serra, onde levou quase 30 mil pessoas como visitante diante do Red Bull e levou 34 mil nas quartas de finais, diante da Ponte Preta. A grandeza do Santos merece públicos melhores.
FICHA TÉCNICA
SANTOS 2 X 0 PAYSANDU
Estádio da Vila Belmiro
Árbitro: Igor Junio Benevenuto (MG)
Público e renda: 6.266 pagantes/ R$ 154.805,00
Cartões amarelos: Victor Ferraz, David Braz, Lucas Lima e Thiago Maia (SFC), Augusto Recife, Bergson e Rodrigo Andrade (PAY)
GOLS: Bruno Henrique (3'/2ºT) (1-0), Copete (44'/2ºT) (2-0)
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz e Matheus Ribeiro (Copete, aos 37'/2ºT); Renato, Thiago Maia e Lucas Lima (Vladimir Hernández, aos 41'/2ºT); Vitor Bueno (Arthur Gomes, aos 16'/2ºT), Bruno Henrique e Ricardo Oliveira. Técnico: Dorival Junior.
PAYSANDU: Emerson; Ayrton, Perema, Gilvan e Hayner; Augusto Recife, Wesley e Rodrigo Andrade (Diogo Oliveira, aos 30'/2ºT); Leandro Carvalho (Jhonnatan, aos 35'/2ºT), Bergson e Alfredo (Leandro Cearense, aos 20'/2ºT). Técnico: Marcelo Chamusca.
NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS:
Vanderlei: Fez duas belas defesas, fundamentais para o resultado. - 7,5
Victor Ferraz: Pouco participativo no apoio na primeira etapa, melhorou nos 45 minutos finais com tabelas e cruzamentos. - 5,5
Lucas Veríssimo: Jogou o arroz com feijão. - 6,0
David Braz: Bem no jogo aéreo. - 6,0
Matheus Ribeiro: O próprio jogador me disse após a partida que há muito tempo, não atuava pela esquerda. Começou nervoso e melhorou durante o jogo. Foi substituído. - 5,0
(Copete): Entrou e marcou um gol importante para a classificação as quartas de finais da competição. - 7,0
Renato: Perdeu algumas bolas e alternou bons e discretos momentos durante os 90 minutos. - 5,5
Thiago Maia: Um dos jogadores mais regulares do time na temporada. - 6,5
Lucas Lima: Não conseguiu criar e realizar assistências. Foi substituído - 5,5
(Vladimir Hernández): Foi dele a cobrança de falta para o segundo gol. - 7,0
Vitor Bueno: Não faltou vontade do atleta, mas não vive um bom momento técnico. Foi substituído. - 5,0
(Arthur Gomes): Entrou para ser o atacante agressivo que o time tanto precisava. Foi bem marcado. - 5,5
Bruno Henrique: No primeiro tempo era o único que levava perigo a meta adversária. Tirou um "coelho da cartola" ao marcar um golaço. Depois levou uma pancada no tornozelo que dificultou o seu deslocamento. O melhor do jogo. - 8,0
Ricardo Oliveira: Pouco acionado. Quase não finalizou. - 5,5
Técnico: Dorival Junior: Não conseguiu fazer com que o time furasse a retranca do "invicto" Paysandu. Foi feliz ao colocar os colombianos que resultou no segundo gol, porém, podia ter alterado já no intervalo, em razão da pouca produção da equipe nos 45 minutos iniciais. - 5,5