Publicado às 23h23 desta terça-feira, 22 de novembro de 2016. |
Com a necessidade de mais um jogador de velocidade no elenco, o Santos voltou a conversar com o Flamengo para ter o atacante Marcelo Cirino para a temporada 2017, na Vila Belmiro. Mas a tarefa não é tão fácil e simples assim. O jogador chegou na Gávea, nos mesmos moldes que o Peixe contratou Leandro Damião no fim de 2013. Foi através de um empréstimo efetuado junto a Doyen Sports, ou seja, o flamenguista só vem para o litoral paulista com o aval do fundo de investimento maltês.
Cirino é bem visto pelo técnico Dorival Junior e pelo diretor executivo Dagoberto Santos, que trabalhou com o atleta no Atlético-PR, em 2013, ano em que o jogador foi eleito a revelação do Campeonato Brasileiro.
Entretanto, a relação entre Santos e o grupo de investidores, atualmente, não é das melhores, desde a polêmica parceria para a contratação de Leandro Damião para o clube da Vila no valor de €13 milhões, com juros de 10 % ao ano. Por isso, existe uma corrente no clube da baixada que é temerária que a Doyen coloque a "faca" no pescoço santista e pode condicionar a liberação do atacante que despontou no Paraná a outros negócios, já que além de Damião, a empresa é detentora de 80% dos direitos econômicos de Lucas Lima e existe uma ação judicial do alvinegro que deseja invalidar as fatias vendidas ao grupo no fim da gestão passada dos jogadores Geuvânio e Gabriel, que já foram negociados pelo Peixe, este ano, além do lateral-direito Daniel Guedes. Se isso vier acontecer, pode não ser nada bom para o clube praiano.
No final de janeiro, o fundo de investimento Doyen foi à Justiça contra o Santos para garantir o recebimento do valor que afirma ter direito sobre a venda do atacante Geuvânio ao Tianjin Quanjian, da China. A empresa defende que o pagamento é essencial para cumprir parte da dívida do clube de R$ 81 milhões com os investidores, que incluem na conta a compra de Leandro Damião.
A Doyen adquiriu 35% dos direitos econômicos de Geuvânio, vendido aos chineses por 11 milhões de euros (cerca de R$ 48 milhões). O Santos, porém, contesta a forma como a negociação foi realizada com o grupo, no final de 2014, pela administração anterior, e não repassou os R$ 17 milhões da empresa. A ação foi ajuizada na 39ª Vara Cível de São Paulo.
Curiosamente, Santos e Flamengo se enfrentarão neste fim de semana, no Maracanã, pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. Pode ser uma oportunidade para o presidente santista Modesto Roma Junior e o flamengusita Eduardo Bandeira de Mello, conversarem sobre o assunto na cidade maravilhosa.