Publicado às 05h45 deste sábado, 3 de junho de 2016. |
Mais de 115 conselheiros do Santos assinaram um manifesto contra a liminar que derrubou a votação que reprovou as contas do primeiro ano de gestão do presidente Modesto Roma Jr. (83 a 81). Existe inclusive uma ação na justiça, onde nove conselheiros buscam derrubar a tutela provisória conseguida pelo conselheiro Antonio Celso Pires Gonçalves aceito pelo juiz Frederico dos Santos Messias, no começo de maio.
Entre as alegações para a liminar ter sido emitida foi a de que José Renato Quaresma, Rodrigo Marino e Jorge Correa da Costa não poderiam ter votado, na noite de 28 abril, em razão dos três terem feito parte do Comitê Gestor responsável pelo déficit de R$ 78 milhões em 2015. Entretanto, assim que deixaram o CG voltaram a ser conselheiros, mas o juiz não entendeu dessa forma.
"Quiseram calar a voz do Conselho, através de uma ação judicial. Uma ação orquestrada pela Diretoria do clube. Uma ação judicial para calar a decisão do Conselho, fruto de uma votação absolutamente regular, sem qualquer vício ou mácula." cita um trecho do manifesto que o Blog do ADEMIR QUINTINO recebeu na noite de sexta-feira (3).
O manifesto tem assinaturas de conselheiros de diversas correntes do clube e os mesmos garantem que o documento é apartidário. Os conselheiros ingressaram na ação judicial, pedindo a admissão no processo.
"Admitidos que fomos na ação, como assistentes litisconsorciais e desejamos mostrar ao Judiciário, à Diretoria, ao Conselho Deliberativo, e aos sócios, que não transigiremos com qualquer descumprimento estatutário ou regimental, porque é essa nossa função. Desejamos mostrar que a decisão soberana do Conselho Deliberativo deve ser respeitada, porque é essa a vontade dos sócios, que elegeram um Conselho forte, plural, capaz de decidir com total isenção, os destinos do clube. E capaz de impedir ilegalidades e afronta aos interesses maiores do clube" cita novo trecho do manifesto.
Entre as irregularidades apontadas no parecer do Conselho Fiscal que sugeriu a reprovação das contas, está que em Janeiro do ano passado, o clube adquiriu um empréstimo de R$ 4,5 milhões para comprar de volta os direitos econômicos do volante Alison a ser pago em cinco dias, caso contrário ocorreria juros e multas altas, como de fato aconteceu.
Outro apontamento citou as antecipações de receitas do Campeonato Paulista sem a anuência do CF. Por fim, o pagamento de comissões a empresários de jogadores que já estavam no clube no momento da renovação.