Publicado às 12h45 desta segunda-feira, 3 de novembro de 2015. |
No final desta segunda-feira (2), mesmo no feriado, o técnico Dorival Junior concedeu uma entrevista EXCLUSIVA ao BLOG AO VIVO, projeto na web do Blog do ADEMIR QUINTINO que dá os seus primeiros passos em um programa de rádio que vai ao ar todas às segundas-feiras, às 19 horas. O treinador falou de tudo um pouco. Das diferenças dos times que ele dirigiu na Vila Belmiro (2010 e 2015), da briga envolvendo Ricardo Oliveira e Fernando Prass, da situação de Victor Ferraz e a projeção desse time para 2016, além do amadurecimento do comandante técnico.
Dorival Junior parece ter nascido para treinar o alvinegro praiano. Ele falou por cerca de 25 minutos e como enxerga esse Santos atualmente.
Em 2015, Dorival dirigiu o Santos 28 vezes. Foram 20V/4E e 4D. |
BLOG DO ADEMIR QUINTINO: Como você classifica esse seu trabalho no retorno ao santos após cinco anos?
DORIVAL JUNIOR: Tem sido uma campanha que realmente nos mantém vivos nas duas competições (Brasileiro e Copa do Brasil). Esse trabalho é de um grupo todo, não só do Dorival. Tem sido prazeroso ver o time jogar assim.
BAQ: Desde a sua chegada o Santos mudou bastante. A que se deve isso? Principalmente com alguns jogadores, por exemplo, o Marquinhos Gabriel cujo o futebol dele cresceu muito em suas mãos?
DJ: Acredito que tenha facilitado o fato de eu conhecer alguns jogadores. O Lucas Lima e o Marquinhos Gabriel eu já os conhecia do Internacional de Porto Alegre. O Marquinhos voltou do exterior e em muitos casos os jogadores que retornam de fora tem dificuldades para se readaptar rápido. Trabalhamos muito as trocas de passes para sermos uma equipe rápida, movimentação em velocidade, nossa proposta inicial de marcação para que possamos ter como objetivo, a nossa chegada rápida ao ataque. Isso tem sido um ponto favorável. Conseguimos realizar belos jogos com esse estilo e espero que possamos continuar assim. Faltam cinco jogos para o fim do Brasileiro e os dois pela Copa do Brasil, que serão fundamentais para a vida do clube em 2016.
BAQ: Quais as semelhanças e diferenças do time que o você Dorival montou em 2010 para o de 2015?
DJ: Pude resgatar o trabalho que foi interrompido naquele ano. Fico feliz para estar vivendo esse momento no Santos com muitas semelhanças com aquele time de 2010 que tinha três jogadores diferenciados (Neymar, Robinho e PH Ganso). Esse time de hoje joga mais como equipe, apesar de termos dois jogadores (Lucas Lima e Ricardo Oliveira) despontando e dando a sustentação a este grupo. É uma sensação de satisfação, prazer por estar vendo uma equipe tão promissora em seu primeiro ano de formação, jogar da maneira que estamos jogando.
Em 2010, Dorival foi campeão paulista e da Copa do Brasil pelo Peixe. |
BAQ: O que e o quanto Dorival cresceu de 2010 para 2015? Eu, particularmente, creio que você amadureceu. O Santos de 2010 dava espetáculo, mas deixava muito exposto a parte defensiva. O de 2015, corre poucos riscos. Você também crê que amadureceu no exercício da profissão?
DJ: As características de jogos dos dois times são semelhantes. Em 2010, tínhamos um meio campo altamente ofensivo. O Arouca era até então meia-atacante no Fluminense, depois veio para segundo volante e aqui foi a primeira vez que atuou de primeiro volante. O time tinha objetividade a todo momento. Tanto o Arouca como o Wesley, estavam em processo de adaptação na posição. Era natural atacarmos em bloco. Nossa compactação defensiva tinha alguns problemas e dificuldades e aos poucos estávamos nos adaptando, o mais rápido possível e hoje na nossa equipe, por exemplo, o Gabriel no jogo deste domingo, o trabalho que ele realizou, o quanto o coletivo dá suporte para sermos ofensivos e ao mesmo tempo protegermos defensivamente. É um diferencial deste time em relação à aquele (2010) que fazia muitos gols, tomava alguns, fato que não acontece tanto com esta equipe de hoje.
BAQ: Desde a sua saída do Palmeiras em 2014, você Dorival foi fazer intercâmbio na Europa, foi ganhar conhecimento. Conte-nos como foi isso.
DJ: Fiz o que vinha fazendo nos dois anos anteriores. Foi o terceiro ano seguido que procurei observar a maioria dos jogos focados nas movimentações táticas e esse período fora do país vem me ajudando. Nunca procurei passar nada pra ninguém sobre, especialmente a imprensa, pois considero um trabalho particular, um modo pessoal de cada um.
Dorival Junior conseguiu dar consistência defensiva ao Santos de 2015. |
BAQ: No melhor dos teus sonhos, você, Dorival, imaginava que faria um trabalho tão bom no regresso ao Santos? Quantas peças são necessárias para buscar a Libertadores de 2016, caso a vaga seja concretizada?
DJ: É natural que eu acreditasse na recuperação do time, não da forma que aconteceu, sou bem sincero em te dizer. Vi uma garotada promissora e tinha certeza que ia imperar a velocidade e a troca de passes, só não esperava que fosse tão imediata. Vamos buscar a confirmação na Libertadores do ano que vem e esse time, que é promissor, pode melhorar. Temos alguns garotos que quero observá-los com uma frequência um pouco maior e um ou outro chegarão. A equipe sai de 2015 com uma base e uma perspectiva positiva para 2016, mas primeiro precisamos confirmar a vaga na Libertadores que será fundamental para o clube no ano que se aproxima.
Basta clicar na imagem acima para ouvir o podcast com a íntegra do programa que teve o técnico Dorival Júnior como convidado. |
BAQ: Quando você terá o lateral Victor Ferraz de volta?
DJ: O Victor infelizmente não temos uma previsão. Quando imaginamos que vai dar tudo certo e ele pudesse voltar, acabou tendo uma recaída muito grande. Os médicos estão mudando o seu tratamento e alguns procedimentos de recuperação. Espero que reencontremos o caminho. Já são 30 dias que ele está no departamento médico. Mais exames tem sido feitos, enfim, buscamos e esperamos o retorno dele o mais rápido possível.
Não convidem Ricardo Oliveira e Fernando Prass para sentar a mesma mesa. |
BAQ: A briga velada entre o atacante santista Ricardo Oliveira e o goleiro palmeirense Fernando Prass. Até quanto isso prejudica?
DJ: Isso não ajuda em nada, não é bom. Ambos tem de serem respeitados, se respeitarem e espero que termine por aí, essa situação, que é desagradável e não contribui em nada. Isso vai criar uma agressão que não é bom para o futebol, para o espetáculo, em si e para os dois profissionais que são acima de tudo país de família.
BAQ: Santos e Flamengo, dia 18 de novembro, você espera que seja confirmado para a Vila Belmiro?
DJ: Eu sou sincero, não quero mais falar a respeito disso. Deixo para a diretoria. Torço para que a nossa casa seja o nosso campo (Vila Belmiro). Os resultados mostram (15 jogos / 15 vitórias em Santos) o que precisamos e o caminho que desejamos para a nossa equipe. Tenho que me preocupar com a montagem, a formação, o treinamento diário desse grupo. Não gostaria de sair da Vila nem para jogar amistoso. A nossa casa é aqui, os nossos resultados aconteceram e acontecerão aqui dentro.
BAQ: Deixa um recado para a Nação Santista que tanto acredita, confia e torce pelo seu trabalho a frente do clube
DJ: Que tenhamos um fim de ano maravilhoso. Que o torcedor do Santos possa se sentir acima de tudo satisfeito com o rendimento da sua equipe, que ele se sinta contente e acima de tudo confiante cada dia mais.
Troféu ACEESP
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