Texto de Felipe Takashi (*) |
No último sábado (3), falecia na cidade de São Paulo a vidente, Mãe Dinah, uma especialista em prever mortes e hecatombes. Profetisa do Apocalipse, famosa na década de 90 no Brasil, que nos deixou com 83 anos de idade.
E nesta quarta-feira (7), o ocultismo sofreu outra perda irreparável. Os protótipos dos meus dons paranormais foram sepultados durante a convocação da Seleção Brasileira para a disputa da Copa do Mundo. Afinal, vocês devem se lembrar que no dia 17 de março de 2014 escrevi neste mesmo espaço que Robinho disputaria a Copa de 2014. ERREI!
Infelizmente, a convocação de Robinho é tão real quanto a ida de Anelka para o Atlético Mineiro, ou Seedorf como novo reforço do SCCP. Hoje, vou chorar largado junto com Neto e Alexandre Kalil. O Trio Charlatão.
Charlatão: Diz-se de quem engana a boa fé do povo; impostor; trapaceiro; falso; embusteiro; enganador; mistificador; vigarista.Bom, com a autocrítica em dia, posso, enfim, a começar a falar sobre a famigerada Família Scolari que buscará o Hexacampeonato para o Brasil.
Felipão realiza, até aqui, um trabalho formidável. Conseguiu montar uma base sólida e muito competitiva que tem enormes possibilidades de recolocar o país no topo.
Até o momento, o treinador é o grande vitorioso do processo. Mostrou para impressa que está longe de ser obsoleto e que conseguiu se reciclar. Renasceu como uma fênix.
Porém, Big Phill terá que lidar com uma situação nova na sua trajetória no time da CBF. Agora, seu time chega com a pressão do favoritismo. Em 2002 e na Copa das Confederações 2013, as situações eram bem distintas.
Há 12 anos atrás, na Copa do Mundo da Coréia e Japão, apostar em Ronaldo e Rivaldo, preterindo Romário, era uma clara tática de motivação para os seus principais jogadores a época. Ano passado, repetiu a tática. Ignorou os medalhões Kaka e Ronaldinho para mostrar a Neymar seu papel de protagonista.
Nas duas ocasiões, bingo! Mas, e agora?
Desta vez, o treinador sabe que o cenário é diferente. Sabe que não precisará motivar seu time e sua estrela. Sabe que só precisa manter o foco para alcançar o objetivo almejado, por isso, a exclusão de Robinho da lista final.
Na realidade, Felipão tem simpatia por Robinho. Porém, sabe que a sua popularidade é compatível a do ex-presidente Fernando Collor. Então, preferiu não comprar barulho. Preferiu não estragar a química da torcida com a seleção. Preferiu deixar como estar.
Mas, se o Fred ratear? Jô neles? É o que há.