OSCILAÇÃO E TROPEÇO

Postado ás 00h56 deste domingo, 28 de Julho de 2013
O Santos perdeu uma invencibilidade de seis jogos ao ser derrotado por 1 a 0 em Campinas, para a Ponte Preta. Foi à terceira derrota do alvinegro no Campeonato Brasileiro.  Em compensação, o adversário, a Macaca de Campinas, quebrou um incomodo jejum de não vencer há cinco jogos no Moises Lucarelli, sendo quatro derrotas seguidas jogando para seus torcedores.

Sabedor que as laterais do time santista não têm como excelência a marcação, o técnico Paulo César Carpegiani  da Ponte Preta colocou seu time para explorar esses dois setores do campo, e se não fosse o goleiro Aranha, a situação santista já teria ido para o “brejo” ainda na primeira etapa. Já o Peixe, oferecia pouco perigo à meta do goleiro Roberto. Nos 45 minutos iniciais, a equipe da casa tinha sido um pouco superior ao Santos.

Mas o pior ainda estava por vir. Carpegiani trocou dois jogadores de uma só vez e logo no inicio da etapa complementar, depois de uma saída de bola errada do goleiro Aranha, Diego Sacoman se jogou na bola e impediu que Giva a recebesse. O zagueiro lançou para Rildo, em posição duvidosa, que cortou e bateu no canto esquerdo, abrindo o marcador.

O Santos até ficou com mais posse de bola e chegou no fim da partida a ficar num 4-2-4, mas alguns meninos não rendiam como nas rodadas anteriores, o que é perfeitamente normal essa oscilação dos mais jovens em um time que está em processo de reformulação, e como se fosse um automóvel, troca os pneus com o carro em movimento.

Percebi através das redes sociais, muita critica dos torcedores ao miolo de zaga santista. Sem querer ser o advogado da figura grotesca semelhante a um humano, mas com cornos e cauda que representam o espírito do mal; eu penso um pouco diferente. É notório e explicito que a dupla de defensores deve ser formada por um jovem em ascensão (no caso Gustavo Henrique) e um jogador mais experiente (Como Dracena tem mais dois anos de contrato e tem mais qualidades técnicas do que seu companheiro Durval, que é um fenômeno, pois, não se machuca nunca, mas vai embora no fim do ano, eu particularmente prefiro o primeiro), mas imputar a derrota apenas nesse setor, eu classifico como uma injustiça e um pensamento muito simplista. 

As laterais do Santos não marcam bem, além do único cabeça de área da equipe, não ter caracterísiticas defensivas como a sua principal qualidade. Do mesmo jeito que as vitórias que aconteceram não eram dignas de superestimar a equipe, a derrota, apesar de ser para um time fadado a lutar apenas pra não cair, não é sinal de que tudo está ruim.

O Santos contratou o lateral-esquerdo Mena, titular da Seleção Chilena, por um valor alto (cerca de R$ 7 milhões) e preciso testá-lo. Cicinho veio pra acabar com o problema da lateral-direita e o treinador colocou-o durante o jogo, primeiro para atuar no meio-campo (posição em que ele não rendeu em seu ex-clube), para posteriormente ir para a lateral.

Sinto que o técnico Claudinei Oliveira precisa da retaguarda dos dirigentes para o vestiário não entrar em erupção em mudanças pontuais que ele precisa realizar e que podem colocar o time na rota correta.

O Peixe embarca nesta segunda-feira (29) para a Espanha, onde na sexta-feira (2), realiza amistoso contra o Barcelona. Com isso, a CBF adiou os dois próximos jogos do Peixe pelo Brasileirão contra o Internacional (31) e Náutico (4). Na competição nacional, o Glorioso da Vila, só volta a campo no clássico contra o SCCP, dia 7 de agosto, no Estádio da Vila Belmiro.

FICHA TÉCNICA
PONTE PRETA 1 X 0 SANTOS
Local: Moisés Lucarelli, Campinas (SP)
Data e hora: 27/7/13, às 21h
Árbitro: Leandro Bizzio Marinho (SP)
Renda/público: 4.407 pagantes / R$ 70.743,00
Cartões amarelos: Diego Sacoman (PON) e Cicinho (SAN)
GOLS: Rildo, aos 4'/2ºT (1-0)
PONTE PRETA: Roberto; Artur (Luis Advincula, intervalo), Ferron, Diego Sacoman e Uendel; Baraka, e Ramirez, Chiquinho e Everton Santos (Giovanni, intervalo); Rildo (Rildo, 31'/2ºT) e William. Técnico: Paulo César Carpegiani.
SANTOS: Aranha; Galhardo (Gabriel, 30'/2ºT), Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Cícero, Leandrinho (Cicinho, 14'/2ºT) e Montillo; Neilton e Giva (Willian José, 11'/2ºT). Técnico: Claudinei Oliveira.

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS 

Aranha: Fez importantes defesas no primeiro tempo. Pecou na saída de bola no gol ponte-pretano – 6,0
Galhardo: Razoável nas bolas paradas e omisso no apoio – 5,0
(Gabriel): Tentou botar fogo no jogo - 5,5
Edu Dracena: A seriedade de sempre, mas não conseguiu bloquear o chute de Rildo no gol do adversário – 5,0
Durval: Não conseguiu conter o centroavante William em duas finalizações no primeiro tempo – 5,0
Léo: Jogou quase como um terceiro zagueiro. Não apareceu uma vez no ataque – 5,0
Arouca: Visivelmente sem ritmo de jogo, após ser desfalque durante três partidas – 5,0 
Cícero: Ficou sobrecarregado na marcação e por isso não conseguiu ser o elemento surpresa de sempre – 5,5
Leandrinho: Discretíssimo. Foi substituído – 5,0
(Cicinho): Só apareceu quando foi para a lateral – 5,5 
Montillo: Fez um bom primeiro tempo. Sumiu no segundo – 6,0 
Neilton: Não repetiu as ótimas jornadas das rodadas anteriores. Melhorou quando Cicinho entrou no jogo e fez algumas tabelas com o ala – 5,5
Giva: Perdeu mais uma grande oportunidade de garantir a propriedade da camisa 9 – 5,0
(Willian José): Para ser bem otimista, pouco acrescentou – 5,0 
Técnico: Claudinei Oliveira: Não foi bem nas substituições. Trocou apenas peças e ainda queimou uma alteração quando primeiro colocou Cicinho no meio-campo para posteriormente efetivá-lo na lateral-direita – 5,0


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