Publicado às 08h33 desta terça-feira, 24 de janeiro de 2017. |
Nesta terça-feira (24), pela primeira vez na temporada, Dorival Junior mandará o Santos a campo. Será um jogo-treino, diante do Nacional-SP, às 15h, no CT Rei Pelé, com portões fechados ao público. Há algum tempo, eu não via o clube contratar de forma pontual tão eficiente (na teoria) como nesta temporada.
O clube não se reforçou com jogadores de qualidade técnica duvidosa, dos padrões Valência, Paulinho, Werley e Joel. Dos seis reforços que desembarcam na Vila famosa - Cléber, Matheus Ribeiro, Leandro Donizete, Kayke, Bruno Henrique e Vladimir Hernandez, a grande maioria não tem cadeira cativa no time titular, ou seja, o que eu e parte da torcida mais questionávamos, reclamamos e pedimos durante a temporada 2015 e 2016, finalmente vai acontecer em 2017 - a comissão técnica não vai ter apenas um time à disposição, mas dessa vez terá elenco.
“De um modo geral, foram contratações pontuais, importantes, com acréscimo na qualidade de um grupo que já é bom. Era o que eu esperava. Vejo o elenco composto e preparado para a temporada. É um processo de evolução e amadurecimento. Espero que os jogadores se sintam confortáveis rapidamente e se adaptem à maneira de trabalhar para que tenhamos o quanto antes todos em condições de brigar pelas posições. Fico feliz de ter quase todo o elenco na reapresentação no primeiro dia, à exceção do Ricardo, que teve um problema. É fundamental para ter um grande ano”, avaliou Dorival.
Os nomes que o clube buscou no mercado, se não são nomes consagrados, são jogadores competitivos. O Peixe também se preocupou em ter jogadores com experiência na principal competição da temporada, como o volante Leandro Donizete, que se não é uma unanimidade em razão de não ter um toque de bola refinado (eu me incluo entre os que não vi com tão bons olhos assim), tem bagagem, muito garra, ingredientes necessários para a volta da disputa da maior competição do continente após quatro edições ausentes.
Não bastasse isso, o alvinegro trouxe um ótimo atacante para suprir a ausência de Ricardo Oliveira, quando isso acontecer. O capitão santista já tem uma idade elevada e para o nível de rendimento que ele tem, pode desfalcar o time em alguns momentos, em razão da sequência desgastante de partidas. Kayke já viveu isso em 2015 com Paolo Guerrero e acabou tendo números até melhor do que o titular famoso, na oportunidade.
Dorival desejava um meia que caísse pelos lados do campo com velocidade. Apesar de ser uma aposta, o colombiano Vladimir Hernandez executa esse papel. Na defesa, Cléber deve chegar como homem de confiança do treinador. Tem mais um lateral, Matheus Ribeiro, este ambidestro, que se juntam aos bons Vitor Ferraz, Daniel Guedes, Caju e Zeca.
E a última contratação das seis realizadas - Bruno Henrique, se não tem o selo de qualidade de um "Robinho", trata-se de um bom atacante, que pode jogar tanto espetado, como ser o segundo homem para explorar sua habilidade e velocidade na frente.
Para finalizar, o maior reforço na minha opinião foi a manutenção da base vencedora. O conjunto e o entrosamento são fundamentais para novas conquistas. No fim da temporada 2016, o Peixe não perdeu nem dos seus principais atletas do elenco, além de ter o treinador com a maior longevidade no futebol nacional - Dorival Junior, desde Julho de 2015, na Vila, com 19 meses de trabalho e conhece bem o grupo que antes jogava no contra-ataque (2015) e hoje valoriza mais a posse de bola (2016). Sem contar que no segundo semestre a defesa que já tem bons valores, terão os já recuperados Gustavo Henrique e Luiz Felipe.
Futebol não é uma ciência exata, mas teoricamente, o alvinegro praiano vem muito forte para as competições desse ano e mesmo atrás em termos de contratações e valores no material humano adquirido pelo rival Palmeiras, tem condições sim de vencer pela quarta vez a Libertadores e garantir vaga no Mundial do fim do ano. Não é uma utopia. Só comparamos com os grandes times do continente, o que o Santos fica devendo para eles.
Para não dizer que não falei das flores, eu se dirigente fosse, ainda ia atrás de um meia para fazer "sombra" a Lucas Lima. Uma ausência do camisa 10 santista pode trazer problemas em um momento decisivo, já que o clube não tem alguém com a mesma característica de coordenação de jogada. Isso, sem contar, que o jogador da Seleção teria uma preocupação maior em olhar para os suplentes e saber que tem alguém suficientemente capaz de tirá-lo do time se não produzir o ótimo futebol de 2015 que não foi repetido em 2016.
Vitor (à esquerda) e Yuri (à direita) jogam o Sul-Americano |
CONVOCADOS
O volante Vitor Yan e o centroavante Yuri Alberto foram convocados para a disputa do Campeonato Sul-Americano sub-17, em fevereiro, no Chile.
Detalhe que os jovens são nascidos em 2001 e sequer jogaram em 2016, nesta categoria e sim no sub-15. Neste ano, será o primeiro ano de ambos no sub-17.
Luciano Santos, técnico do sub-17. |
Além da qualidade técnica diferenciada de ambos, destaque para o ótimo trabalho realizado pelo técnico Luciano Santos e demais membros da comissão técnica santista. O recém promovido treinador para o sub-17, extrai o máximo de seus comandados.